terça-feira, 30 de setembro de 2014

SOBRE CORRIDAS DE CAVALO E ELEIÇÕES

No domingo fui atrapalhado pelos efeitos sonoros da campanha eleitoral, enquanto analisava as pesquisas sobre a disputa para presidente da República e para governador do Estado da Paraíba. Desgraçadamente uma dessas carreatas do inferno foi se concentrar bem em frente ao edifício onde resido. No final de semana a "festa da democracia" correu solta em Campina Grande. As pessoas foram às ruas com fogos, "boates de otário", panfletos e as pavorosas carreatas, movidas a todo tipo de combustível, cometendo toda sorte de crimes eleitorais ou não. A poluição sonora campeava e os motoqueiros do “40” e do “45” andavam a toda velocidade, embriagados e sem capacetes,  como se isso trouxesse votos. Pois é, viva a “festa da democracia” nessa porca miséria de sistema eleitoral em que vivemos.

Mas, apesar da bagunça dos eleitores e da “suruba” eleitoral promovida pelos partidos e atores políticos, eu vou falar das pesquisas eleitorais, pois mesmo que elas não resolvam as eleições, nos dão pistas do que poderemos vir a ter. Vi, recentemente, um jornalista, especializado em eleições, comparando o processo eleitoral a uma corrida de cavalos. Ele usava expressões típicas dos narradores desse esporte, tão sem graça, para falar da disputa para presidente da República. Ele dizia coisas do tipo: “Dilma, tem meio corpo a frente de Marina” ou “Aécio terá que guardar fôlego para o Sprint final”. Mas, ao que me parece, existem algumas diferenças básicas entre uma corrida de cavalos e uma eleição. No turfe, funciona assim: quanto mais vitórias um cavalo tiver, mais se torna favorito em um páreo. Do contrário, quanto mais derrotas tiver, mais se torna um azarão. Quantitativamente, um equino vale aquilo que já produziu em termos de vitórias.

O maior erro que se pode cometer em relação às pesquisas é o de olhar para elas como se fossem o somatório de páreos que os candidatos já disputaram. Na verdade, dificilmente elas podem nos mostrar isso. Mas, equívoco mesmo é o de querer votar no candidato que aparece em primeiro lugar, nas últimas pesquisas antes da eleição, seguindo a lógica, estulta e ineficiente, de que se deve votar em quem vai ganhar a eleição para não se perder o voto. Essa lógica é torta, pois a única forma de saber quem ganhou e quem perdeu o voto é ao longo do processo representativo quando os eleitos vão atuar cumprindo, ou não, as promessas e os projetos que defenderam quando eram candidatos.

 
Assim, pesquisas dos últimos dias servem para nos indicar possíveis cenários para o 2º turno, apenas isso. Escolher em quem votar, para presidente da República ou governador do Estado, considerando o cavalo, digo o candidato, à frente das pesquisas é uma tolice sem fim. Melhor é votar naquele candidato com quem o eleitor mais se identifica, seja do ponto de vista político, ideológico, religioso ou mesmo devido as promessas, propostas ou planos de governo. Melhor mesmo é votar em que se prefere independente do resultado. Votar num candidato porque ele tem as maiores chances de chegar, tal qual um cavalo, em primeiro lugar no final da corrida é desprezar o sentido político do sistema representativo, mesmo que seja este recheado de imperfeições pouco republicanas.

O fato é que o páreo, digo a corrida eleitoral, não está decidida. Podemos aceitar que Dilma irá concorrer o 2º turno, salvo uma catástrofe em proporções tisunâmicas pré ou pós a eleição do 1º turno. Mas, o que mais podemos aceitar? Eu diria que nada. No final da semana passada a pesquisa ISTOÉ/SENSUS trouxe Dilma isolada em 1º lugar com 35.1% das intensões de voto, Marina com 25% e Aécio com 20.7%, sendo que a margem de erro da aferição é de 2.2%. Significa que se Marina variar 2.2% para baixo e Aécio variar os mesmos 2.2% para cima, encontraríamos Marina com 22.8% e Aécio com 22.9%. Ou seja, existe uma concreta possibilidade de mais uma virada espetacular nessa eleição.

O Datafolha, também da semana passada, foi mais conservador, mas não deixou de apontar uma óbvia tendência de crescimento de Dilma e uma tendência de queda de Marina, fruto do esmorecimento da comoção sobre a morte de Eduardo Campos. A tendência de queda de Marina se acentuou com a operação “Regina Duarte” comandada por Lula, Dilma e João Santana. Eles aplicaram na candidatura Marina, em doses colossais, o mesmo veneno do medo que o PSDB aplicou em Lula em 2002.

Aécio não apresenta tendência ao crescimento, mas vejam que os tucanos estancaram a sangria que o efeito Marina provocou em Aécio. Com a virulência do falecido Sergio Mota e de José Serra, o tucanato atacou a ameaça Marina, surgida de última hora. Não podendo mais se valer da comoção, sem o tal legado de Eduardo Campos para chamar de seu, além de ter que lidar com suas contradições e imprecisões, Marina começou a cair e, ato contínuo, Aécio viu a possibilidade de voltar ao jogo. A quem diga que Marina chegará ao final do 1º turno com algo em torno dos mesmos 20 milhões de votos de 2010. Mas, numa eleição como esta, qualquer minuto é muito tempo. O ocaso já nos pegou uma vez e ainda temos quase uma semana toda pela frente. Vai para o 2º turno quem errar menos e souber bater na medida certa.

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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

AFINAL, PORQUE TEMOS QUE VOTAR?

É bastante comum, em períodos eleitorais como este, que os eleitores tenham dúvidas sobre a utilidade ou não do voto nulo e sobre a questão de termos um sistema político eleitoral que obrigado o cidadão a votar em cada nova eleição. Alguém me disse certa vez que o maior crime que o Estado brasileiro pode cometer é obriga seus cidadãos a votarem, além de puni-los com os rigores da lei, caso eles não exerçam o que seria seu livre direito. Soa mesmo estranho que sejamos punidos caso não queiramos exercer um direito. Eu entendo bem que o Estado tenha que punir àqueles que se recusam a cumprir seus deveres, mas porque coagir as pessoas para que eles recebam seus direitos?
Certo, vamos refletir sobre isso. De vez em quando rolam pelas redes socais enquetes do tipo: “Você concorda que o cidadão seja obrigado a votar em todas as eleições, sejam elas nacionais, regionais ou locais?” “Sim ou não?”. Considerando a opinião de muitos ouvintes, pelo que escuto em locais públicos e pelo que, por exemplo, meus alunos dizem, além do que acompanho no noticiário político, provavelmente a maioria da população diria não. Ou seja, me parece ser uma tendência o cidadão brasileiro não querer mais ser obrigado a votar. A título de ilustração, vejamos como funciona o sistema eleitoral nos EUA e em alguns países europeus.
Nos EUA o cidadão tem que se alistar no sistema eleitoral, mas não é obrigado a votar em todas as eleições. A cada nova eleição ele pode escolher se vai ou não votar e ele não precisa comunicar previamente sua decisão ao sistema eleitoral. O cidadão que foi às urnas votar na 1ª eleição de Barack Obama não poderia ser obrigado a votar na 2ª esta eleição e vice-versa. O eleitor americano que deixa de votar não precisa se explicar ao Estado, muito menos sofre qualquer tipo de sanção. Países com sólidas democracias consideram que o cidadão deve ser livre politicamente. Eles aceitam que numa democracia deve-se ser livre para decidir, apesar de que consideram que se o cidadão decide não participar esta abrindo mão de um direito.

A ideia dos americanos é que se o cidadão abre mão do direito de decidir está relegando este direito para outros. Eles entendem que se o cidadão não está preocupado em participar do processo decisório, muito menos deve se preocupar o Estado. No Brasil é do jeito que já bem conhecemos. O eleitor que não justificar porque deixou de votar ou que não tiver comprovantes de votação das três últimas eleições pode sofrer punições. Ele pode ser proibido de se inscrever em concursos públicos. Ele pode impedido de tomar posse em cargos públicos e de participar de licitações promovidas pelo próprio Estado. O Estado brasileiro entende que o direito de votar é algo tão bom, mas tão bom, que quem dele abre mão tem mais é que ser punido.
Quando afirmei que a maioria do eleitorado brasileiro deve querer deixar de ser obrigado a votar, estava, na verdade, especulando. Eu não tenho dados quantitativos sobre a questão. Mas, posso oferecer algo para a polêmica. Somos apaixonados por eleição. Muitos a veem como um jogo de futebol. Em Campina Grande nos envolvemos até a alma com o processo eleitoral, mesmo que não queiramos dar a devida atenção a atuação daqueles que escolhemos para nos representar. Será que deixaríamos de participar de algo que é tão empolgante? Será que deixaríamos de ir às urnas caso não mais fôssemos obrigados? Será que existe uma forte correlação entre o fato de sermos obrigados a votar e o fato de gostarmos de votar?
Opinarei baseado na experiência de analista político. A população brasileira continuaria indo em peso às urnas mesmo que não fosse obrigada, pois já tornou habitual o ato de votar mesmo que continue votando mal. Para nós votar é a maneira de nos sentirmos minimamente participativos de um sistema político que é por natureza e por definição excludente, elitista, autoritário e frágil do ponto de vista institucional. A questão não é ser obrigado ou não a votar e sim a qualidade da participação. Mais importante do que votar de todo jeito, é votar de uma forma séria. Nosso sistema eleitoral seria mais sério e menos corrupto se nos fosse facultada a ida às urnas?
O fato de um cidadão abrir mão da participação, não obriga outros a, também, fazê-lo. Este é o problema. Ao se auto excluir do processo de escolha dos representantes, o cidadão está dizendo que não se importa com o resultado seja ele qual for. Mesmo que não seja bom saber que se está sendo obrigado a fazer algo e mesmo que este algo esteja tão desgastado aos olhos da sociedade, importa sabermos que de alguma forma o processo de escolha de governantes e representantes nos atinge. A dúvida sobre se nosso sistema política melhorará caso não sejamos mais obrigados a votar persiste. Em todo caso, não custaria muito tentarmos, pois já está mais do que na hora de encararmos o voto bem mais como um direito do que como uma obrigação.

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sexta-feira, 26 de setembro de 2014

OS GOVERNADORES NÃO QUEREM VOTAR PARA PRESIDENTE – PARTE II.

Ontem, eu mostrei que tem se reproduzido, em quase todos os estados brasileiros, a tendência de o partido que lidera as pesquisas locais não conseguir, ou não quer, que seu candidato a presidente tenha bom desempenho em nível regional. Eu citei o caso de São Paulo, onde quem lidera as pesquisa não pode pedir votos para seu candidato a presidente da República. Eu mostrei que Geraldo Alckmin, do PSDB, não pode pedir votos para Aécio Neves para não dessagrar seus aliados do PSB. Em cada um dos Estados podemos ver os arranjos político-eleitorais passando ao largo do que se montou em nível nacional. Vejamos os exemplos, sempre lembrando que essa falta de coerência dos partidos é danosa para o próprio sistema politico brasileiro.

Um dos melhores exemplos que encontrei foi o caso do Maranhão. Neste Estado, Flavio Dino lidera a pesquisa, realizada pelo IBOPE, com incríveis 48% das intenções de voto. O 2º colocado é Lobão Filho, do PMDB, com 27%. Flavio Dino é do PC do B que apoia Dilma na eleição presidencial. Mas, o PT terminou se aliando ao PMDB de Lobão Fº. Flavio Dino montou um condomínio eleitoral e conta com um vice do PSDB, de Aécio, e com um candidato ao senado do PSB de Marina. No Maranhão, Dilma lidera a pesquisa do Ibope com 60%, Marina tem 19% e Aécio tem 6%. O eleitor maranhense tem todo o direito de dizer que não está entendendo nada, pois em condições normais de temperatura e pressão as alianças seriam outras.

Para o eleitor, normal seria o PC do B se aliar ao PT e não ao PSDB. Imagine a confusão. Dilma vai ao Maranhão, mas não pode receber o apoio público do candidato que lidera as pesquisas, daí tem que subir no palanque do candidato que deve perder a eleição. Aécio Neves vai ao Maranhão e tem que passar pelo constrangimento de subir no palanque com o PSB de Marina Silva. Isso é que é, literalmente, fazer campanha com o inimigo. Mas, os candidatos não parecem se constranger com essas situações. É por isso que não dá para exigir coerência do eleitor na hora em que ele for votar. O eleitor vê seu candidato ao governo se aliando com um adversário do palanque nacional, conclui que está valendo tudo e que ele pode votar de qualquer jeito.


A situação é tão esdrúxula que Flávio Dino não diz em quem vai votar para Presidente da República. Ele tem dito que seu voto “é secreto até a morte”. Aliás, ele não diz não é porque não quer, e sim porque não poder dizer. Flavio Dino afirmou que assumiu um compromisso com seus aliados para não declarar em quem vai votar, para presidente, como forma de evitar maiores problemas.  Ele prefere acreditar que não assumindo está prestando um favor aos seus aliados. Outra situação que seria trágica, não fosse tão desgraçadamente cômica, é a que vemos no Estado do Tocantins. Sandoval Cardoso, candidato a reeleição pelo Solidariedade, chegou ao cúmulo de declarar que não vai anunciar em quem vai votar para presidente.

Ele disse que “como o voto é secreto, vou me resguardar ao direito de não dizer em que vou votar”. O problema é que Sandoval é apoiado pelo PSDB de Aécio e pelo PSB de Marina, além do PP, PDT e PR, todos aliados de Dilma. O problema é que qualquer passo em falso que Sandoval der, pode implodir a mega aliança que ele mesmo costurou. Inclusive, ele racionaliza a questão e diz que não está preocupado, pois, se for eleito, governará com quem quer que seja eleito presidente. O que Sandoval quis dizer foi: “eu não sou a favor e não sou contra, muito menos pelo contrário”. Como diria o candidato a presidente da República, pelo PV, Eduardo José: (SIC) “eu não tenho nada haver com isso”.

No Amazonas, o candidato à reeleição pelo PROS, José Melo, foge de Dilma, Marina e Aécio como o próprio diabo fugiria da cruz. É que ele compôs aliança com PT, PSB e PSDB. Assim, ele está impossibilitado de declarar o voto para um dos três. Há uns dias atrás Dilma foi fazer campanha em Manaus. Para não ter que se encontrar com a candidata/presidente, e não se comprometer, claro, José Melo pegou um avião e foi a Brasília para, supostamente, cumprir uma agenda de governador. Vejam a que ponto chegamos. Na heroica Paraíba as coisas seguem confusas. Ricardo Coutinho apoia Marina, mas firmou aliança com o PT. Como Dilma apoia Vital Filho, do PMDB, não pode nem chegar perto do governador. Cássio, claro, apoia Aécio Neves.

Se as coisas não mudarem nos próximos dias, Ricardo e Cássio e Dilma e Marina vão mesmo se enfrentar no 2º turno. O PSDB já declarou apoio a Marina e que não existem chances reais de apoiar Dilma no 2º turno. Imagine, então, o seguinte: Ricardo e Cássio, no mesmo palanque, apoiando Marina enquanto se batem pelo Palácio da Redenção. O caro ouvinte consegue imaginar isso? Acha possível isso? Eu não vejo como uma situação tão tragicamente cômica e tão comicamente trágica possa acontecer. Mas, o fato de tratarmos essas situações já diz muito do atual processo. Como diria o ex-deputado Gilvan Freire: “a política ficou redonda, não tem mais lados”. Do jeito que vamos teremos, no futuro, candidatos a presidente, se enfrentando em nível nacional, e de braços dados pelos palanques estaduais. POIS É, VIVA A FESTA DA DEMOCRACIA.

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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

OS GOVERNADORES NÃO QUEREM SABER EM QUEM VOTAR PARA PRESIDENTE – PARTE I.

Um dos dilemas dessa eleição é o que se coloca para os candidatos aos governos estaduais e aos candidatos a presidência da República. A questão é: como defender a mudança em nível nacional, fazendo o discurso da continuidade em nível local? É possível surfar na onda da continuidade, que Dilma oferece, e defender um projeto de mudança em um dos estados da federação? Podemos aceitar que o governador Ricardo Coutinho fale em continuidade mesmo que apoie Marina Silva que defende a mudança? Se o caro ouvinte perguntar isso a um dinamarquês ou a um suíço ele dirá que não, que isso é impossível. Mas, como no Brasil ser oposição ou situação não passa, às vezes, de um estado de espírito, podemos, então, tratar dessa questão.

De antemão, aviso ao caro ouvinte que não busque coerência nos partidos e atores políticos quando estivermos tratando de alianças políticas. Para viabilizar projetos eleitorais, vale tudo, inclusive se aliar ao inimigo e se afastar do aliado. Interessa vermos o desempenho de Dilma, Marina e Aécio nos Estados. Segundo pesquisas feitas pelo Ibope, nas duas primeiras semanas de setembro, Dilma lidera as pesquisas em 15 estados, Marina lidera em 04 e Aécio não lidera em estado algum. Apesar de que temos empate técnico entre Dilma e Marina em 08 Estados. Dilma lidera em Roraima, Tocantins, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Pernambuco, enquanto Marina lidera em Goiás e no Mato Grosso do Sul.

Nestes estados a diferença entre as candidatas é sempre inferior à margem de erro de 3 pontos percentuais que o Ibope estabeleceu para essas pesquisas. Apenas no Paraná temos um empate concreto. Dilma e Marina têm cada uma, 29 pontos percentuais. Vejamos alguns casos bem interessantes. No Ceará, Dilma lidera com 56%, Marina tem 25% e Aécio tem 5%. No entanto, o candidato ao governo, do PT, Camilo Santana, está em 2º lugar e corre o risco de não ir para a disputa do 2º turno. No Rio Grande do Sul, Dilma tem 16 pontos percentuais de vantagem sobre Marina, mas seu candidato ao governo, o ministro da justiça Tarso Genro está em 2º lugar nas pesquisas, sete pontos atrás de Ana Amélia do PP.

 
Na Bahia, Dilma tem 50% contra 28% de Marina, mas o candidato do PT, deputado Rui Costa está em 2º lugar com 27% enquanto o 1º colocado, o ex-governador Paulo Souto, tem 43%. E não esqueçamos do nosso caso. Na Paraíba, Dilma lidera a pesquisa do IBOPE com 53% e Marina está em 2º lugar com 24%. Mas, o candidato de Dilma, na Paraíba, é Vital Filho, do PMDB, que ainda não conseguiu ultrapassar a barreira dos 05 pontos percentuais em várias pesquisas feitas. Em Goiás, Marina lidera com 34%, Dilma tem 29% e Aécio tem 19%. Mas, é o tucano Marcone Perillo que está em primeiro lugar na disputa para o governo do Estado. Os candidatos do PT e do PSB estam em 3º e 4º lugares.

Marina lidera a pesquisa no Acre, seu estado natal, com 24 pontos percentuais a frente de Dilma, mas é Tião Viana, do PT, que lidera, com folga, as pesquisas ao governo do Estado. Estes são os exemplos que confirmam a regra de não haver coerência nos dados. Mas, o que está havendo com a cabeça do eleitor? Por que essa tendência de se eleger, nos estados, um governador adversário do candidato à presidência que lidera as pesquisas locais? Porque quase ninguém está conseguindo transferir votos nos Estados? A explicação para esse fenômeno está no fato de que a maioria dos partidos e atores políticos resolveram dar prioridade total a seus interesses paroquiais em detrimento das alianças feitas em nível nacional.
 
Paulo Skaf, candidato pelo PMDB ao governo de São Paulo, não admite votar em Dilma, pois o PT tem a candidatura de Alexandre Padilha. Quando perguntado em que vai votar Skaf diz que seu candidato a presidente é Michel Temer que, claro, é o vice de Dilma. O que Skaf não quer é associar seu nome ao de Dilma que tem uma alta rejeição em São Paulo. Um repórter insistiu sobre se ele iria, afinal, apoiar Dilma. Ele se limitou a dar uma resposta no mínimo grosseira. Disse Skaf: “Tu sabe de nada inocente!”.  A ideia é mesmo confundir o eleitor, pois as alianças estaduais passam ao largo das alianças nacionais, causando esse tipo de situação esdrúxula, onde um candidato ao governo apoia o vice, de uma chapa para a presidência, mas não apoia a titular da chapa.

Aliás, a situação em São Paulo é mesmo confusa. Pois, Geraldo Alckmin, do PSDB, que lidera todas as pesquisas, tem que ser comedido no apoio à candidatura de Aécio Neves, pois o seu vice é Marcio França, do PSB de Marina Silva. Alckmin não pode pedir votos para Aécio e França não pode pedir votos para Marina no Guia Eleitoral, pois, do contrário, terminam trincando o palanque que montaram numa situação em que atropelaram os interesses nacionais de seus partidos. Amanhã, eu vou continuar tratando das alianças estaduais e de como elas impedem que os candidatos a presidente da República maximizem seus capitais eleitorais nas unidades da federação. Claro, não deixarei de mostrar como essa questão se reproduz aqui mesmo na pequena e heroica Paraíba.

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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

AS PROMESSAS DO FANTÁSTICO MUNDO DE BOB

O filósofo francês Auguste Chartie não gostava de pessoas com ar inteligente. Ele dizia que essa é uma promessa que não se pode cumprir. O dramaturgo, também francês, Marcel Pagnol dizia que “promessas e pessoas perdem a força quando envelhecem”. Já Napoleão Bonaparte afirmou que a melhor maneira de manter a palavra é evitando empenhá-la e que para se cumprir uma promessa é preciso não fazê-la. Apesar de que um imperador/ditador, como Napoleão, podia se dar ao luxo de nada prometer. Eu desconheço que os franceses tenham se especializado em teorizar sobre promessas e propostas. O que eu bem sei, é que os políticos paraibanos entenderam que precisam dominar, com maestria, a arte de prometer de tudo um pouco e um muito também.

Prometer é diferente de propor. A promessa é um compromisso moral e tem um sentido religioso. Num passado bem distante não havia clara diferença entre religião e política. Apesar de que, hoje, no Brasil, religião e política se misturam como feijão e arroz. É por isso que nossos candidatos, assim como os religiosos, faziam e fazem promessas, quando deveriam fazer apenas propostas. A promessa é uma coisa do mundo ideal, etéreo. Para se fazer uma promessa, basta ficar de joelhos e apelar para algum santo. Já a proposta é uma declaração para que se obtenha uma concessão ou para que se realize um projeto. A proposta serve para tentar se estabelecer um contrato, para que se receba um voto, enfim, a proposta é algo concreto do mundo da política.

Enquanto o noivo promete que um dia se casará está tão somente operando no campo da moral, não há nada de concreto numa promessa. Mas, quando ele propõe a sua noiva registrar a união em cartório, se passa para o campo material, institucional. Assim, caro ouvinte, não espere pelas promessas dos candidatos. Exija deles projetos e proposta e rejeite as ideias mirabolantes que só existem no “fantástico mundo de Bob”, aquele personagem do desenho animado. Cuidado com os candidatos que dizem que não são políticos, que não gostam da política, que são administradores. Desconfie disso. Como pode um político não gostar da política? É a mesma coisa de um jogador não gostar de assistir jogos de futebol.

Os candidatos falam em administrar, mas desconhecem regras básicas da administração. Parecem não saber o que é planejamento estratégico. Eles não sabem o que é fazer um diagnóstico dos problemas para definirem que ações podem propor. Vejam a proposta de implantar o Veículo Leve sobre Trilhos, o VLT, em Campina Grande e João Pessoa. Foi diagnosticado que essa é a melhor forma de resolver os problemas do transporte público dessas cidades? Se foi, que se apresente o projeto. O fato é que virou moda prometer que se vai construir o VLT, como forma de resolver todos os problemas da tal “mobilidade urbana” que, por sinal, a maioria dos candidatos aos cargos do executivo e do legislativo desconhece o que vem a ser.



Os candidatos ignoram o que os administradores chamam de os 5W e os 2H. São 
ferramentas utilizadas para se fazer planejamento estratégico de ações públicas ou privadas. Os governantes que realmente administram sabem do que estou falando. Vindos do inglês, os 5W são: WHAT (O que deve ser feito?); WHO (Quem deve fazer?); WHY (Que benefício traz?); WHERE (Onde será feito?); WHEN (Quando deve ser feito?). Já os 2H, são: HOW (Como será feito?); e HOW MUCH (Quando custa para ser feito?). Nas eleições municipais de 2012, cinco dos sete candidatos a prefeito de Campina Grande prometiam que, se eleitos, construiriam um Centro Administrativo na cidade. Eles apenas respondiam a 1ª pergunta (o que fazer?), já as outras perguntas ficam no ar.

A perguntinha mágica (How much? Quanto custa?) não era feita, muito menos respondida. Experimente perguntar a um candidato de onde virão os recursos para se implementar a promessa dourada que ele repete sem parar durante a campanha. A resposta padrão é: “eu vou saber buscar os recursos, pois tenho experiência para isso”. Mas, vai buscar onde? Com quem? Quando? E, claro, quanto é que vai buscar? Os políticos gostam de acreditar que suas promessas são uma demanda da população. Daí, eles prometem sem pensar nas consequências, até porque não se dão ao trabalho de perguntar aos eleitores o que eles querem. Seria bom saber se o cidadão prefere um VLT, andando por fora da cidade, ou um ônibus operando de forma eficiente.

A maioria esmagadora das promessas feitas no Guia Eleitoral não passariam pelo rígido crivo dos 5W e dos 2H. Deve ser por isso mesmo que os governantes e os candidatos preferem seguir ignorando a existência dessas ferramentas. As propostas são feitas apenas para rechear um programa político. As promessas servem para florear o discurso do candidato, que não pode ficar de 4 a 5 meses repetindo chavões. As promessas servem para criar expectativas positivas.  Prometer é fácil. Já propor é mais complicado, pois cria vínculos e responsabilidades do representante para com o representado. Assim, toda vez que seu candidato começar a prometer não lhe dê ouvidos e peça para ele fazer propostas claras, objetivas e viáveis.

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terça-feira, 23 de setembro de 2014

O JOGO SÓ ACABA QUANDO TERMINA.

Faltam doze dias para o 1º turno das eleições gerais 2014. Hoje, na Paraíba, a única certeza que se tem é que não existem certezas. Temos uma avassaladora imprecisão sobre se teremos ou não um 2º turno e sobre quem poderá vencer as eleições estaduais. O que as pesquisas do final da semana passada nos mostram é que o jogo eleitoral está aberto, indefinido e cada vez mais emocionante. Sugiro boas doses de autocontrole aos que gostam de perder tempo e dinheiro com apostas sobre o resultado da eleição. As pesquisas, o ruído das ruas e o humor dos eleitores nos apontam para um 2º turno entre Cássio Cunha Lima e Ricardo Coutinho. A diferença, em percentuais, pró-Cássio vem diminuindo de forma constante.

Isso é algo para estranhar? Não, claro que não. A última vez que vimos uma eleição, para governador da Paraíba, sendo definida no 1º turno, foi em 1998 quando José Maranhão foi eleito com quase 81% dos votos válidos. Em 2010, muito se falava que Maranhão seria eleito no 1º turno já que os outros cincos candidatos (Ricardo Coutinho, inclusive) não conseguiriam reunir mais votos do que o 1º colocado. Mas, não foi isso que aconteceu. Naquele ano, o 1º turno terminou com um incrível empate entre Ricardo, que teve 49.74% dos votos válidos, e Maranhão, com 49.30%. Lembro-me de ver pessoas apostando que Maranhão seria eleito com uma margem de 150 mil votos já no 1º turno.

O fato é que Ricardo Coutinho foi eleito no 2º turno com uma diferença de exatos 148.833 votos. É bom não esquecer que a eleição se definiu a partir dos votos campinenses que Cássio Cunha Lima transferiu para Ricardo Coutinho. Mas, isso são águas passadas do tempo em que Cássio e Ricardo tinham se tornado aliados e até amigos. Hoje, algumas coisas mudaram, mas não o bastante para que o eleitor paraibano aceite que a eleição não seja bem concorrida até o último minuto. Isso tanto é verdade que aquelas pesquisas, que mostravam Cássio eleito no 1º turno, com mais de 20 pontos percentuais a frente de Ricardo, foram logo descartadas. As pesquisas desse momento consideram de forma acertada o acirramento do jogo.

Lógico, está havendo uma campanha que vai alterando os percentuais dos candidatos. Mas, não esqueçamos as variáveis que, literalmente, fazem o jogo variar numa rapidez alucinante. Para mim, a variável mais importante é sempre a rejeição. A pesquisa do Grupo 6SIGMA, contratada pela Campina FM e pela TV Itararé, traz dados precisos. Ao focar a atenção sobre os eleitores que dizem ainda não saber em quem votar, para governador, vemos que o jogo está absolutamente indefinido. Na pesquisa estimulada, Cássio vem em 1º lugar com 43.2% das intenções de voto, Ricardo ocupa o 2º lugar com 36.1%, Vital aparece em 3º lugar com 4.4% e o Major Fabio vem 5º lugar com 0.5%. Antônio Radical e Tárcio Teixeira têm menos do que isso.

Os cinco candidatos reúnem 41.5%. Cássio tem, então, uma ínfima vantagem de 1.7% para liquidar a fatura já no 1º turno. Mas, para isso teríamos que esquecer a margem de erro da pesquisa, que é 2.95% para mais ou para menos. Como é comum em eleições acirradas, são os indecisos que vão resolver o dilema. O Grupo 6SIGMA aferiu que 9.1% dos eleitores ainda não sabem, não decidiram, em quem vão votar. Sem contar os 5.5% que afirmaram votar branco ou nulo. Bastaria que 2% desses indecisos resolvessem votar em qualquer um dos candidatos, menos Cássio, claro, para que tivéssemos 2º turno. Como é Ricardo quem mais cresce, na série histórica que dispomos, o 2º turno vai se fazendo cada vez mais presente.



O IBOPE foi ainda mais incisivo em torno do 2º turno, pois trouxe Cássio com 42%, Ricardo com 37%, Vital com 4% e Major Fabio com 1%. Temos, aqui, um exato empate. Vejam que Ricardo, Vital e o Major somam os mesmo 42% de Cássio. Nesta eleição temos um fato a ser bem estudado futuramente. Eu falo da inversão das rejeições. Ricardo, que chegou a absurda rejeição de 33% do eleitorado, reagiu, e vem se recuperando. O Grupo 6SIGMA trouxe o governador com 24,5% de rejeição e Cássio com 22.6%. A surpresa ficou por conta do Ibope que aferiu Cássio o mais rejeitado com 29%, tendo Ricardo em 2º lugar com 26%. Temos aqui uma substancial alteração no jogo eleitoral, deixando tudo indefinido.

É que Cássio e Ricardo ultrapassaram, em alguns momentos da campanha, o limite máximo esperado na rejeição que é de 27 pontos percentuais. Sempre se poderá questionar como é possível que os candidatos mais rejeitados liderem as pesquisas. É que quanto mais eles se isolam na liderança do processo, mais podem ser rejeitados pelos eleitores adversários. É uma relação de causa e efeito. Nessa fase da campanha, o eleitor que já decidiu em quem votar tende a rejeitar seu principal adversário. É preciso analisar os condicionantes que fizeram e fazem o jogo eleitoral paraibano ter tantas variações. É preciso, ainda, entender mais e melhor como os favoritos podem ser, também, os mais rejeitados. Mas, isso é assunto para outro POLITICANDO.

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segunda-feira, 22 de setembro de 2014

UM SHOW DEMOCRÁTICO DE HORRORES.

Na semana que passou fui acometido do mal que metade da humanidade sofre e a outra metade vai, um dia, sofrer. Tive sérios problemas em minha coluna cervical, fiquei praticamente imobilizado e tive, por ordens médicas, que guardar repouso absoluto. Como minha coluna cervical não me sustentava, a COLUNA POLITICANDO teve que sair do ar. Passei uma semana impossibilitado de fazer muitas coisas. Mesmo com as dores que sentia, assisti aos debates entre os candidatos a presidência e ao governo. E assisti a quase todas as edições do Guia Eleitoral tanto no rádio como na TV. Eu descobri que existem muitas formas de se assistir a Propaganda Eleitoral. Uma delas é aquela em que não levamos muito a sério o que dizem os candidatos.


O péssimo estado de minha coluna não impediu que meu cérebro e meu senso crítico funcionassem a ponto de entender que a melhor coisa a fazer é duvidar, e até desconfiar, de tudo que os candidatos dizem e fazem no Guia Eleitoral. O que eu assisti nestes dias de dores intensas foi um show democrático de horrores. O fato é que a cada nova eleição a tal festa da democracia só piora. Em nossa pequena e heroica Paraíba tem se feito uma propaganda eleitoral democraticamente pavorosa. Mesmo que eu não queira falar do contínuo massacre que a língua portuguesa sofre, vi candidatos cometendo erros de todos os tipos. Mas, se compararmos com o que vi de outras cidades, talvez tenhamos algum alento.


Assisti propagandas eleitorais de Recife, São Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza, Salvador. Enfim, colhi personagens do guia eleitoral pelo Brasil afora. Com a nossa festa da democracia dá para rir, dá para chorar e se revoltar com as coisas que se vê. Eu vi candidatos como “Cara de Hamburguer” da Bahia, “Divino Bosta de Vaca” de Minas Gerais, “Zezinho Merda” e “Mick Jagger do Brasil” de São Paulo, “O homem da jumenta teimosa” do Tocantins, “Pirulito do Amor” do Acre.  Eu revi as bizarrices de sempre como “Didi Cachorrão do Brega”, “Perereca do Alumínio”, “Bixa Muda” e “Elvis não Morreu”. Apareceu um que diz que para acabar com o fedor, só votando em “Cocô”. Isso tudo, claro, em nome da festa da democracia.



Aqui na Paraíba os candidatos são mais comedidos. Mas não escapamos de algumas excentricidades e nem daquele tipo de candidato que desconhece totalmente o papel que deve desempenhar caso seja eleito. Eu devo ter visto algo em torno de 60 candidatos a deputado estadual e federal, além dos candidatos ao Senado. Apenas dois falaram das funções de um deputado. Um deles disse que o parlamentar deve representar o povo e fiscalizar os atos do poder executivo. Isso é o óbvio ululante, mas pelo menos alguém disse. Foram apenas dois num mar de defensores do povo. Quando será que essa gente vai, finalmente, entender que o cidadão não quer ser defendido, nem vitimizado? O que o cidadão quer é ser bem representado.



Tem candidato dizendo que vai criar a Secretaria Especial contra a Violência. O caro ouvinte não caia numa tolice dessas, pois já existe no Governo estadual a Secretaria de Segurança Pública. Além do mais, isso não é atribuição de um parlamentar. Tem um candidato que não fala, apenas entoa o hino da Igreja que deve frequentar. Seguimos com grande quantidade de pastores evangélicos candidatos, trazendo as demandas de suas igrejas para a política eleitoral. Esses candidatos usam seus preciosos segundos para falar de suas crenças religiosas. Esquecem que estam postulando uma vaga numa instituição política que é constitucionalmente laica, ou seja, que não faz votos religiosos.

 

Tem um candidato, que pensa ter a melhor das intensões, que defende que o salário dos deputados sejam igualados ao dos professores da rede pública. Como professor, eu discordo. Sugiro que o salário dos professores sejam equiparados ao dos parlamentares. Tem um deputado, candidato a reeleição, que teve um ataque de sinceridade no guia eleitoral. Ele confessou que não foi um bom deputado. Depois ele diz que foi um bom amigo. I.e., como não estamos escolhendo amigos, melhor não votar neste candidato. Tem candidato querendo ser eleito com votos de sua categoria profissional. É um tal de fulano do sacolão, de sicrano da construção, de beltrano da farmácia. Tem um que vai lutar pelo aumento salarial de sua categoria. Não seria melhor que ele fosse candidato à presidência de seu sindicato?


E tem os candidatos que dizem que não tem a política como profissão. Tem um que confessa detestar a política. É incrível, como eles desdenham daquilo que querem fazer parte. Desconfie, caro ouvinte, do politico que não gosta de politica. Tem aqueles que estam no desespero. Tem um que pede encarecidamente, quase chorando, para que se vote nele. Mais um pouco, e ele implora de joelhos. E tem o que cria uma frase de efeito que no final não diz nada, como “eu vou ajudar a ajudar”. Enfim, caro ouvinte, o guia eleitoral está aí para que tenhamos elementos para escolher. Se depois de tudo, você não gostar de nada do que viu e ouviu é simples de resolver. Na urna eletrônica tem uma tecla (branca) para isso.


Você tem algo a dizer sobre essa COLUNA ou quer sugerir uma pauta? gilbergues@gmail.com

AQUI É O POLITICANDO, COM GILBERGUES SANTOS, PARA A CAMPINA FM.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

ANÁLISE DO DEBATE DA TV ITARARÉ.




Aqui você pode assistir os comentários e análises que eu, e o cientista político Fábio Machado, fizemos sobre o debate entre os candidatos ao governo do Estado da Paraíba, apresentado pela TV ITARARÉ na segunda-feira, 15 de setembro de 2014.


Pudemos analisar com calma a participação de cada um dos candidatos, apontando o que para nós seriam os pontos positivos e negativos de Antônio Radical (PSTU), Cássio Cunha Lima (PSDB), Major Fábio (PROS), Tárcio Teixeira (PSOL) e Ricardo Coutinho (PSB). O Candidato Vital Filho (PMDB) não compareceu ao debate.


O formato elaborado pela TV ITARARÉ foi muito interessante. Tivemos o debate, que você pode assistir acessando o link abaixo, e depois entramos no ar, numa edição especial do ITARARÉ NOTICIAS, para um bate-papo bem descontraído com a jornalista Mônica Victor onde pudemos tratar até mesmo dos atos falhos dos candidatos e do bom, e mau, humor deles.


Debate entre os candidatos ao governo do Estado da Paraíba 2014 TV ITARARÉ

https://www.youtube.com/watch?v=9zHhzpE7qtk&list=UUzSgp5Tpcyjt28vRdJ5lysg