terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Ainda bem que eu sou Flamengo


Hoje é um dia importante para os flamenguistas,
como eu, e é um dia importante pro futebol brasileiro. No dia 13 de dezembro de 1981, o Flamengo sagrava-se campeão do mundo no Japão. Mas, não fez isso com qualquer time, com um futebolzinho de resultados como aquele da década de 90 que Dunga e et caterva apresentava - o fez com um time que jogava lindamente.
Este Flamengo não tinha um Neymar apenas, tinha onze.
Do Goleiro Raul (a segurança em pessoa), passando pelos Zagueiros (nunca vi Mozer derrubar um atacante de forma desleal, só ia na bola e quase sempre desarmava), pelos laterais (Leandro e Júnior faziam de tudo um pouco, marcavam muito, apoiavam a descida do time ao ataque, batiam faltas e faziam gols) e chegando ao meio-campo, "onde ficavam os craques que levavam o time todo pro ataque", só tinha de Neymar e Messi para cima.
Aliás, um time que tinha Adílio, Andrade e ZICO - uma espécie de Pelé branco que o Flamengo legou para a humanidade - só podia ser muito bom. Zico não jogava apenas, ele regia o time, conduzia a bola e o time seguia ao seu lado em direção ao gol e que gols eles faziam!! Eu lembro que quando Adílio pegava a bola na intermediária do Flamengo, erguia o braço, cantando a jogada, passava para Zico, este para Andrade e eles seguiam trocando passes para fazer a bola chegar aos pés de Nunes e Tita (ou não, pois era muito comum eles próprios fazerem o gol), eu já sabia, era só correr para a galera. Bom, o time completo era: Raul, Leandro, Marinho, Mozer e Júnior / Andrade, Adílio e Zico / Tita, Nunes e Lico. Técnico: Paulo César Carpeggiani.
Assim como Socrátes, que transcendeu o "ser corinthiano", e fez a minha cabeça com aquela palavrinha impressa na camisa - DEMOCRACIA - e aquele calcanhar infernal, o "Flamengo de Zico" era elogiado até pelos torcedores de outros times. Aquele Flamengo era tudo, foi tudo, ganhou tudo que disputou - num espaço de um ano foi campeão Carioca, nacional, da Libertadores e do Mundo!!!! Como diria Djavan, AINDA BEM QUE EU SOU FLAMENGO!

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