sábado, 6 de agosto de 2011

É Chico na veia!



Comprei o disco novo de Chico Buarque, intitulado “Chico”, acabou de chegar, estou escutando! Já sei que vai ser um daqueles discos que vou ouvir várias vezes no mesmo dia, durante dias a fio, até que as pessoas reclamem que está demais. Acho que vai ser igual a quando comprei “Infinito Particular” de Marisa Monte.

Música, poesia, lirismo, arranjos muito bem cuidados, a voz de Chico está soando macia.
É a velha simplicidade sofisticada de Chico em ebulição!
Tudo muito bem equilibrado.

Tem uma música, chamada “Tipo um baião” (um baião bem light), onde ele homenageia Gonzagão.
Tem outra, “Barafunda”, que ele cita a Penha e a Glória (do Rio de Janeiro), fala de Garrincha, Pelé e Zizinho; fala de Cartola e Mandela, e diz que “... salve este samba antes que o esquecimento baixe seu manto”.

Em “Sem você 2”, Chico confessa (de peito aberto) o que todo homem que gosta de futebol sabe e quase nunca diz: “Pois sem você, o tempo é todo meu, posso até ver o futebol”.

Versos belíssimos, como, por exemplo, em “Querido Diário”:
“Hoje afinal conheci o amor
E era o amor uma obscura trama
Não bato nela nem com uma flor
Mas se ela chora, desejo me inflama”

É Chico em sua plenitude.
É Chico colorido como o encarte do Disco.
É Chico mostrando que “... já valeu a pena”.
É Chico na veia!!!!

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