O "Dia Nacional de Lutas", convocado pelas Centrais Sindicais brasileiras, pareceu uma espécie de vingança dos sindicalistas e de alguns partidos (de esquerda) por terem sido barrados nas manifestações do mês de junho passado. A impressão é que as Centrais, e os partidos, querem mostrar que também são "bons de rua". É como se eles quisessem dar uma satisfação a sociedade, demonstrando que não ficaram para trás, que não perderam o "trem da história".
No entanto, existe uma diferença básica entre os manifestantes de junho e os manifestantes de hoje. Enquanto aqueles desdenham o governo e o Estado, estes não vivem sem. Os manifestantes de junho só têm como compromisso afirmar suas revoltas. Os manifestantes de hoje tem suas pautas de reivindicação bem definidas, sabem bem o querem e porque querem. É isso que Josias de Souza demonstra de forma magistral numa coluna postada hoje mesmo em seu blog e que você pode ler logo abaixo. Já ontem, eu questionava aspectos desse tal "Dia Nacional de Lutas".
(1) Achei estranho que o "Dia Nacional de Lutas" tivesse sido convocado para uma quinta-feira, pois pareceu-me que queriam "enforcar" a sexta. Eu não estou duvidando das intenções dos sindicalistas-manifestantes de hoje, mas é que, enfim ....
(2) Indaguei dois sindicalistas sobre a possibilidade deles convidarem o pessoal do "Passe Livre" para participarem desse dia e eles me disseram que (SIC): "não vamos convidar não, pois esse pessoal é um bando de 'porra-loucas". Eu rebati dizendo que se todos lutam pelas mesmas coisas, deveriam estar juntos. Eles me disseram que não, que não são iguais (SIC): "aquele bando de baderneiros sem causa". Enfim, existe uma clara diferença entre uns e outros. Uns não querem se misturar a outros, sendo a recíproca verdadeira. E quando o povo não se une, já sabemos bem onde tudo termina.
(3) O mais estranho é que enquanto organizavam os protestos e as manifestações as Centrais Sindicais perderam-se num labirinto de discussões e assembleias infindáveis. Segunda e terça passadas elas discutiam se deveriam ou não apoiar o governo de Dilma durante as manifestações. Ora, Central Sindical não tem que apoiar governo nenhum. Ela tem, isto sim, que apresentar e representar as demandas e reivindicações de seus associados. Central Sindical vai para a rua, isso é comum na Europa, para protestar contra a política econômica do governo, caso ela esteja gerando inflação (é o nosso caso) e/ou arrojando os salários dos trabalhadores.
O fato é que vamos mal de manifestação. Uns não sabem o que querem e se perdem nos labirintos dos atos de vandalismo e de causas específicas demais ou generalistas ao extremo. Outros sabem tão bem o que querem que preferem organizar seus atos à parte para não se misturarem com a "massa de baderneiros".
No entanto, existe uma diferença básica entre os manifestantes de junho e os manifestantes de hoje. Enquanto aqueles desdenham o governo e o Estado, estes não vivem sem. Os manifestantes de junho só têm como compromisso afirmar suas revoltas. Os manifestantes de hoje tem suas pautas de reivindicação bem definidas, sabem bem o querem e porque querem. É isso que Josias de Souza demonstra de forma magistral numa coluna postada hoje mesmo em seu blog e que você pode ler logo abaixo. Já ontem, eu questionava aspectos desse tal "Dia Nacional de Lutas".
(1) Achei estranho que o "Dia Nacional de Lutas" tivesse sido convocado para uma quinta-feira, pois pareceu-me que queriam "enforcar" a sexta. Eu não estou duvidando das intenções dos sindicalistas-manifestantes de hoje, mas é que, enfim ....
(2) Indaguei dois sindicalistas sobre a possibilidade deles convidarem o pessoal do "Passe Livre" para participarem desse dia e eles me disseram que (SIC): "não vamos convidar não, pois esse pessoal é um bando de 'porra-loucas". Eu rebati dizendo que se todos lutam pelas mesmas coisas, deveriam estar juntos. Eles me disseram que não, que não são iguais (SIC): "aquele bando de baderneiros sem causa". Enfim, existe uma clara diferença entre uns e outros. Uns não querem se misturar a outros, sendo a recíproca verdadeira. E quando o povo não se une, já sabemos bem onde tudo termina.
(3) O mais estranho é que enquanto organizavam os protestos e as manifestações as Centrais Sindicais perderam-se num labirinto de discussões e assembleias infindáveis. Segunda e terça passadas elas discutiam se deveriam ou não apoiar o governo de Dilma durante as manifestações. Ora, Central Sindical não tem que apoiar governo nenhum. Ela tem, isto sim, que apresentar e representar as demandas e reivindicações de seus associados. Central Sindical vai para a rua, isso é comum na Europa, para protestar contra a política econômica do governo, caso ela esteja gerando inflação (é o nosso caso) e/ou arrojando os salários dos trabalhadores.
O fato é que vamos mal de manifestação. Uns não sabem o que querem e se perdem nos labirintos dos atos de vandalismo e de causas específicas demais ou generalistas ao extremo. Outros sabem tão bem o que querem que preferem organizar seus atos à parte para não se misturarem com a "massa de baderneiros".
“As diferenças: a rapaziada é #, a
pelegada é $”.
Por Josias de Souza - 11/07/2013. (http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2013/07/11/as-diferencas-a-rapaziada-e-a-pelegada-e/).
Excluídas
das passeatas de junho, as centrais sindicais e seus penduricalhos (UNE, MST,
PT, PCdoB, PDT e etcétera) organizaram o seu próprio ‘Dia Nacional de Luta’.
Isso foi ótimo. Ajudou a explicar por que a rapaziada refugou a ‘solidariedade’
da pelegada partidário-sindical. São muitas as diferenças entre os dois
movimentos. A principal delas é a forma como os dois grupos se relacionam com
os cofres públicos. Um entra com o bolso. Outro usufrui. Vai abaixo uma
tentativa de distinguir o novo do antigo:
A rapaziada
é #. A pelegada é $.
A rapaziada
é o bolso. A pelegada é imposto sindical.
A rapaziada
é coxinha. A pelegada é pastel-de-vento.
A rapaziada
é sacolejo. A pelegada é tremelique.
A rapaziada
é YouTube. A pelegada é videoteipe.
A rapaziada
é Facebook. A pelegada é assembleia.
A rapaziada
é máscara de vingador. A pelegada é cara de pau.
A rapaziada
é viral. A pelegada é bactéria.
A rapaziada
é chapa quente. A pelegada é chapa branca.
A rapaziada
é sociedade civil. A pelegada é sociedade organizada.
A rapaziada
é banco de praça. A pelegada é BNDES.
A rapaziada
é a corrida. A pelegada é o taxímetro.
A rapaziada
é asfalto. A pelegada é carro de som.
A rapaziada é
horizonte. A pelegada é labirinto.
A rapaziada
é fumaça. A pelegada é cheiro de queimado.
A rapaziada
é explosão. A pelegada é flatulência.
A rapaziada
é o público. A pelegada é a coisa pública.
A rapaziada
é combustão espontânea. A pelegada é ignição eletrônica.
A rapaziada
é luz no fim do túnel. A pelegada é beco sem saída.
A rapaziada
é pressão popular. A pelegada é lobby.
A rapaziada
é farinha pouca. A pelegada é meu pirão primeiro.
A rapaziada
é terra em transe. A pelegada é cinema novo-velho.
A rapaziada
é o desejo de futuro. A pelegada é o destino-pastelão.
A rapaziada
é namoro. A pelegada é tédio conjugal.
A rapaziada
é grito. A pelegada é resmungo.
A rapaziada
é algaravia. A pelegada é palavra de ordem.
A rapaziada
é poesia. A pelegada é pedra no caminho.
A rapaziada
é dúvida. A pelegada é óbvio ululante.
A rapaziada
é Fora Renan. A pelegada é o bigode do Sarney.
A rapaziada
é abaixo a corrupção. A pelegada é a perspectiva de inquérito.
A rapaziada
é mistério. A pelegada é indício.
A rapaziada
é a alma do negócio. A pelegada é o segredo.
A rapaziada é novidade. A pelegada é o mesmo.
A rapaziada é anormalidade. A pelegada é vida normal.
A rapaziada
é impessoal. A pelegada é departamento de pessoal.
A rapaziada
é decifra-me. A pelegada é devoro-te.
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