Não é ao acaso, muito menos
coincidência, que em Campina Grande, e na região por ela monopolizada, tenha
acontecido tantas manifestações em torno do nazismo e do fascismo, com a descoberta de
células em que pessoas se preparavam para atos terroristas, onde o ódio é a
tônica, e com as suásticas nazistas sendo desenhadas pelas paredes da Universidade
Estadual da Paraíba.
De fato, Campina Grande se
tornou uma espécie de "laboratório" da extrema direita bolsonarista
para a execução de seus interesses ideológicos e políticos. É bom lembrar que a
cidade vem sendo governada pelo bolsonarismo desde 2013. Também, não
esqueçamos que Campina Grande foi um dos primeiros municípios a aprovar a tal
"Lei da Mordaça", ainda na gestão do prefeito bolsonarista Romero
Rodrigues.
Ainda, temos que lembrar
que um dos principais membros do "Gabinete de Ódio" de Jair
Bolsonaro, Tércio Arnaud, que foi alvo de operação da Polícia Federal, é de
Campina Grande.
A tal “Lei da Mordaça” se
baseava nas ideias da “Escola sem Partido”, um dos principais pontos de atuação
da extrema direita de tipo bolsonarista no Brasil inteiro, que propunha uma reação
a uma suposta "doutrinação ideológica" que a esquerda faria nas
escolas.
Novas Leis em CG
acendem debates sobre a censura e Estado Laico
https://portalcorreio.com.br/novas-leis-em-cg-acendem-discussao-sobre-censura-e-estado-laico/
10/09/2019 15:41
Duas recentes leis voltadas
à religião e sancionadas pelo prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues
(PSD), têm gerado discussões sobre censura e Estado Laico. De um lado, uma lei
proíbe o “teor pornográfico em exposições artísticas nos espaços públicos do
mesmo município e ainda desautoriza as que atentem contra simbolismos
religiosos”, publicada no último domingo (8). Do outro, uma lei que sugere a
leitura da Bíblia nas escolas de Campina Grande, sancionada no último dia 2 de
setembro. De acordo com a Lei nº 7.290 (página 11), aprovada pela
Câmara de Vereadores, o teor pornográfico de que trata a publicação são as
“expressões artísticas ou culturais que contenham fotografias, textos,
desenhos, pinturas, filmes e vídeos que exponham o ato sexual e a performance
com atrizes ou atores desnudos”.
Também são barradas exposições que atentam contra elementos e objetos cultuados pelas diversas matrizes religiosas que representam o sagrado e a fé de seus seguidores. O descumprimento da lei implicará multa no valor de 500 UFR-PB, que equivalem a R$ 25.290. A multa será em dobro (R$ 50.580) para os casos de reincidências. Já a Lei nº 7.280 (página 13), sugere a leitura da Bíblia nas escolas públicas e particulares de Campina Grande. A publicação diz que essa prática tem o objetivo de trazer o conhecimento cultural, geográfico e científico, além de fatos históricos bíblicos.
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