
DaMatta tenta, por exemplo, explicar para nós mesmos porque damos mais importância ao Carnaval, do que ao estudo; porque desenvolvemos um conceito bem próprio para a tal malandragem que Chico Buarque dizia, em a “Opera do Malandro”, não mais existir na Lapa do Rio de Janeiro.

O “Sabe com quem está falando?” está para DaMatta, como o “homem cordial” está para Sérgio Buarque de Holanda. Na verdade, eles são os dois lados de uma mesma moeda, pois quando a cordialidade e o “jeitinho” não funcionam, lançamos mão, sem nenhum pudor, do “sabe com quem está falando?”