sábado, 13 de junho de 2020

Por que não assino manifestos




Agora, no DO QUE AINDA POSSO FALAR, comentarei sobre manifestos que dizem para “deixar de lado velhas disputas”. Lutar por vida, democracia, igualdade e liberdade é disputa velha? Falam que esquerda e direita devem ser unir pelo bem comum. Mas, qual? O do povo ou o da elite, pois o que existe mesmo são as classes sociais e seus interesses.

Porque divulgar manifesto assinado por Luciano Huck, FHC, Lobão, Alice Setubal (do Banco Itaú) e toda gente que se "solidarizou" com Aécio Neves, quando ele se recusou aceitar o resultado das urnas de 2014, que apoiou o golpe de 2016, que votou em Bolsonaro em 2018 “para tirar o PT”?

Estranho ver essa gente “preocupada com a democracia brasileira”, quando em 2019 ela mesma silenciou diante da escalada fascista. “Deixar de lado as diferenças e lutar pelo bem comum” termina sempre do mesmo jeito, com a esquerda sendo reprimida, presa, torturada e morta.

Para tirar a esquerda, que fazia reformas e promovia desenvolvimento social, do poder essa gente promoveu um golpe de Estado, com direito a Lava Jato, e elegeu um fascista. Mas, para tirar esse fascista do poder, que quer mandar só, sem a elite, lançam “manifesto em defesa da democracia”. Estranho, não?!

Não posso “assinar” manifestos junto com a direita pois é ela que sempre dá os golpes de Estado no Brasil. Não votei em Haddad, em 2018, para agora me juntar com os que votaram em Bolsonaro. É uma questão de coerência política e ideológica! É uma questão de resistência e, por que não, de sobrevivência!

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