Agora, no DO QUE AINDA POSSO FALAR,
comentarei sobre postagens lamentando que o São João estaria começando se não
estivéssemos enfrentando a pandemia. O JPB, da TV Paraíba, fez uma matéria
sobre isso, num Parque do Povo vazio, claro, que tinha até um jornalista com
chapéu de palha e um trio de forró tocando para ninguém!
O São João é importante, mas podemos
viver sem ele. Dito de outra forma, não teremos São João este ano para
sobrevivermos ao coronavirus. Além disso, não posso ficar me lamuriando por
estar sem São João, ou sem futebol para ver na TV, enquanto pessoas morrem
fulminadas pelo COVID-19.
Estou me colocando no lugar das famílias
que perderam entes queridos para o vírus. Como será que elas se sentem vendo
pessoas mais preocupadas com uma festa, com as tais “lives”, com fogueiras
virtuais? No momento, é preciso ter claro que essas coisas são meras
futilidades.
Além disso, não sinto falta desse São
João de plástico, “camarotizado”, ajustado aos interesses do mercado
fonográfico e dos grupos políticos locais, que veem na cultura popular uma
ameaça. Sendo sincero, sinto até algum alívio em saber que este ano não vamos
ter “sofrências sertanejadas” no Parque do Povo.
Do que sinto falta é do São João do
“pé-de-serra” que não mais existe. Lamento não termos mais nossa festa popular,
implodida por administrações municipais descomprometidas com nossa cultura.
Sinto falta do Parque do Povo de palha. Desse Parque do Povo de plástico sinto
desprezo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário