segunda-feira, 16 de março de 2020

Da Série “LIVROS, DISCOS E FILMES QUE FIZERAM A MINHA CABEÇA”

Você tem todos os discos, em vinil e em CD, filmes e a Antologia dos Beatles? Têm livros, inclusive a biografia “The Beatles”, de Bob Spitz, que tem quase 1.000 páginas e começa falando do bisavô de John Lennon e, claro, já a leu e pretende lê-la novamente? Você tem posters emoldurados dos Beatles e acha mesmo que Yoko Ono poderia nunca ter saído do Japão? Mesmo achando aqueles terninhos ridículos, você não quer nem saber e adora a primeira fase romântica dos Beatles? Você não admite que digam que Ringo Star era a morsa que Lennon falava em Am The Walrus?

Você diz que George Harrisson era o melhor dos Beatles, o mais espiritualizado? Você discute horas a fio quem era o melhor letrista e o melhor guitarrista dos Beatles? Sabe dizer quem de fato compôs Yesterday, Strawberry Fields Forever ou Hey Jude, se Lennon ou McCartney? Já assistiu um show de Paul McCartney, aqui no Brasil, e chorou feito um bebê quando ele cantou “Close your eyes and I'll kiss you / Tomorrow I'll miss you....”?

Se você respondeu SIM para essas perguntas, bem-vindo ao clube, você é um beatlemâniaco! Por isso mesmo precisa ler "THE BEATLES - A HISTÓRIA POR TRÁS DE TODAS AS CANÇÕES" de Steve Turner, da editora Cosacnaify, lançado no Brasil em 2005 com tradução de Alyne Azuma. Pronto! Não precisa dizer mais nada, só um fanático pelos Beatles quer saber detalhes pormenorizados de como todas as letras foram compostas, quem de fato as escreveu, como as músicas foram feitas e produzidas. 

A ideia do autor é saber o que inspirava os Beatles a compor sua obra. É Steve Turner quem diz que o livro trata do “onde, como e porquê das composições e tenta rastrear o caminho da inspiração até a fonte”. O livro não tem a intensão de revelar o que os Beatles queriam “realmente dizer” em suas canções. Turner não revela, finalmente, se John Lennon escreveu Lucy In The Sky With Diamonds inspirado num desenho de seu filho, e numa viagem de LSD, ou as duas coisas. 

O autor quis, “apenas”, contar como surgiram as canções. Esta é a beleza do livro, ele não quer quebrar a magia das músicas com revelações que causariam algum tipo de decepção. Something, Golden Slumbers, Penny Lane, Here Comes The Sun, e todas as 208 músicas dos Beatles, têm um sentido bem maior do que possa prejulgar nossa vã filosofia.

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