Em "O PAPA DE HITLER - A
HISTÓRIA SECRETA DE PIO XII" de John Cornwell, Editora Imago (2000), temos
um relato sobre Eugenio Pacelli, o Papa Pio XII, que reinou de 1939 a 1958, contribuindo
para que o 3º Reich se alastrasse pela Europa e praticasse a "Solução
Final".
A obra surgiu do desafio dos alunos
de Cornwell que queriam que ele provasse ser injusto o epiteto de “Papa de Hitler”
dado a Pio XII. O autor lançou-se em uma pesquisa, pois não acreditava que
alguém, em nome de Deus, pudesse fazer coisas tão terríveis. O resultado da salutar
provocação é um livro embasado em documentos que faz o leitor acreditar que
Pacelli era, sim, o “Papa de Hitler”.
Pio XII fez acordos com Hitler
que ajudou a alastrar o poderio da Alemanha nazista pela Europa e ofereceu facilidades
para que judeus fossem levados ao extermínio. Ele tinha especial predileção
pelas ditaduras fascistas e via Hitler como um enviado de Deus para acabar com
o comunismo. Ele mesmo sabia que alimentava um monstro, mesmo assim foi em
frente em sua cruzada moralista, tal qual fizeram os cristãos fundamentalistas brasileiros
ao elegerem o anticristo que coloca o “Brasil e Deus acima de todos de tudo”.
Este livro mostra o triste papel
da Santa Sé nos terríveis anos da 2ª guerra mundial. Relata, por exemplo, a
criação das “linhas de ratos” que facilitavam a fuga de criminosos de guerra
nazistas da Europa para a América do Sul. Enquanto lia o “Papa de Hitler”, descobria
os crimes de Pacelli e dava graças a Deus ter deixado o catolicismo quando
ainda era adolescente.
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