quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Cientistas políticos em ação.

Até o início desta década não era comum cientistas políticos aparecerem na mídia fazendo análises da realidade política regional, nacional e internacional. Víamos pessoas que, mesmo fazendo boas análises, não dispunham do arsenal teórico-medológico que a Ciência Política dispõem para, por exemplo, analisar um processo eleitoral, uma crise institucional (como o mensalão), questões como a Reforma Política e acontecimentos como as intervenções das Forças Armadas na segurança pública. Com o desenvolvimento da área no Brasil, nós, os cientistas políticos, passamos a ter o reconhecimento da mídia e a ter um tipo de intervenção que só contribui para o esclarecimento à sociedade de questões de difícil compreensão como a fidelidade partidária, eleições proporcionais, cláusula de barreira, a relações legislativas, o complicado sistema eleitoral norte-americano, etc. Tratamos basicamente das questões relativas ao Estado e da problemática que envolve a democracia. Num artigo, intitulado "Em defesa da política e de alguns princípios" (http://www.paraibaonline.com.br/colunista.php?id=62&nome=Em%20defesa%20da%20Política%20como%20Ciência%20e%20de%20alguns%20princípios&imagem=/chamadas/gilbergues_santos2.jpg), desenvolvo argumentos acerca desta questão. Agora mesmo, eu e o também cientista político Fábio Machado estamos desenvolvendo, junto a vários veículos de comunicação (TV's, rádios e sites) uma intensa atividade de análise política sobre o processo eleitoral para os executivos municipais. Abaixo reproduzo um desses momentos:

Especialista defende que coligações firmem pacto pela não agressão e retomem discussões importantes


Da Redação - http://www.paraibaonline.com.br/noticia.php?id=613067&ano=2008

Ao analisar o acirramento das disputas e as agressões mútuas entre os candidatos verificadas no segundo turno das eleições de Campina Grande, o professor e cientista político Fábio Machado (foto) defendeu que as coligações devem firmar um pacto pelo fim da agressividade no pleito. Ele lembrou que as acusações têm tomado o tempo dos debates, em detrimento das discussões sobre os problemas do município. "Penso que as assessorias e o grupo de coordenadores das campanhas teriam essa prerrogativa, de fazer um pacto. E externamente acho que o papel do Ministério Público está correto" – discorreu Fábio, sobre a iniciativa do MP em proibir os debates e a veiculação do guia eleitoral até o final da campanha. Em entrevista à Rádio Campina FM, o professor lembrou que as acusações feitas entre os prefeitáveis “resvalam na agressividade”. “É importante que os assessores e coordenadores de campanha revejam essa postura até o final da campanha, e passemos a utilizar o espaço como uma atividade cívica, e não como uma guerra”, complementou.


Cientista político constata desequilíbrio emocional das eleições em Campina

Da Redação - http://www.paraibaonline.com.br/noticia.php?id=612874

O professor e cientista político campinense Fábio Machado (foto), da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), alertou para os prejuízos causados pelo desequilíbrio emocional, verificado durante o segundo turno das eleições municipais em Campina Grande neste ano.
De acordo com ele, os candidatos e partidários estão esquecendo a “racionalidade da política” e caindo no campo das emoções e paixões. "O que está ocorrendo em Campina é o lado da emoção, da paixão ao extremo. E interessa ao eleitor o que o candidato quer fazer, as propostas. Claro que não vamos ser ingênuos de imaginar uma campanha que não tenha essa dimensão da paixão, agora você não pode fazer disso moeda corrente" – avaliou Fábio, em entrevista à Rádio Campina FM, nesta quarta-feira (22). Para o professor, “é pernicioso quando você tem um desequilíbrio do processo”. Conforme Fábio Machado, a cidade está dividida e desde o primeiro turno já apontava para o lado emocional. “Isso afeta a qualidade das discussões. É necessário que os candidatos retomem o lado mais estratégico e racional da campanha”, enfatizou.

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