Na pesquisa IBOPE o prefeito Veneziano Vital mantém o favoritismo sobre seu, diria único, adversário – o deputado federal Rômulo Gouveia. Vejamos os números:
Pesquisa CONSULT (03/08)
Veneziano Vital: 46,31%
Rômulo Gouveia: 37,08%
Diferença pró-Veneziano: 9,23%
Pesquisa IBOPE (15/08)
Indecisos: 4%
Branco ou Nulo: 7%
OBS: Em maio, a diferença pró-Veneziano era de 13 pontos percentuais.
Margens de erro variam entre 2 e 4 pontos. Proponho somar e diminuir 4 pontos ao último percentual de Rômulo e Veneziano, desenhando os seguintes cenários:
Cenário I (C1)
Veneziano Vital: 49 – 4 = 45
Rômulo Gouveia: 37 + 4 = 41
Diferença pró-Veneziano: 4 Pontos
C2 é bom para Veneziano e ruim para Rômulo, sendo a recíproca verdadeira em relação a C1. Tudo depende do teto e do piso percentual que cada um dos dois pode vir a ter. Algo em torno de C1 é mais factível, pois a diferença se altera para cima e para baixo desde maio. Se a curva de Veneziano mantiver-se descendente e a de Rômulo ascendente, em um dado momento o empate técnico vira fato e a disputa se abre.
Se nas próximas pesquisas (já com o guia eleitoral, que tem uma robusta capacidade de alterar preferências e/ou rejeições) a diferença pró-Veneziano mantiver-se ou aumentar nos aproximaremos de C2.
Sobre qual dos dois candidatos os eleitores acham que ganhará a eleição? Temos 61% para Veneziano contra 26% de Rômulo. Natural, pois as pessoas fazem tal afirmação baseadas no que as pesquisas vão demonstrando. Talvez fosse interessante perguntar: “Quem você deseja ver ganhar a eleição?”. Em pesquisa importa aferir o que querem os eleitores e não o que eles constatam.
Importa ver o item rejeição, que atesta a indisposição dos eleitores em votar num candidato. Érico e Sizenando aparecem com 48% e 43%, respectivamente, enquanto Veneziano e Rômulo ficaram com 26% e 23%. Na pesquisa CONSULT os dois tiveram 22,31% e 21,54%. Claro está que a disputa gira em torno dos dois últimos e que Erico e Sizenando correm o risco de saírem dessa eleição pior do que entraram. Antes eram apenas desconhecidos. Agora, são conhecidos, porém rejeitados.
Por fim, 57% dos entrevistados disseram aprovar a administração do prefeito Veneziano. Um bom índice, se considerarmos que a média brasileira nesse quesito é sempre abaixo de 30%, e que um prefeito em fim de mandato apresenta uma natural exaustão. Mas, em maio esse índice era de 76,77% e na pesquisa CONSULT foi 66,31%. Essa queda pode levar Veneziano e Rômulo para C1 dada a polarização da disputa.
O quadro eleitoral fideliza diagnósticos feitos sobre o acirramento da eleição. É no mínimo temerário afirmar um ganhador. Sugiro aos candidatos não proclamarem vitória, principalmente no 1° turno, pois ainda estamos em agosto e um longo setembro virá prometendo novos lances no tabuleiro eleitoral.
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