quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Anistia - Jânio de Freitas

O ponto de vista de Jânio de Freitas, na Folha de São Paulo - 12 Agosto de 2008, diz muito. Dispensa maiores comentários. Mas, vale lembrar que esse jogo entre os ministros Paulo Vannuchi e Tarso Genro e o alto comado das Forças Armadas está ganhando contornos preocupantes. A corda está bastante esticada, quem a soltará primeiro


Nas distorções feitas de má-fé, os ministros Paulo Vannuchi e Tarso Genro passam como proponentes de mudança e até de anulação da Lei de Anistia. O que fazem é uma interpretação jurídica da lei, considerando-se incapazes de anistiar a tortura, que não é crime político, é crime comum inclusive pela legislação penal vigente na ditadura. Não faz sentido, portanto, a única manifestação do ministro da Defesa, Nelson Jobim, a respeito: "A Lei da Anistia não vai mudar".

É inverdadeiro, também, que Tarso Genro "ameaça a toda hora botar militares envolvidos com tortura no banco dos réus". Nem teria como fazê-lo, mesmo no caso de sua tese prevalecer. As próprias deformações deliberadas, porém, atestam que o assunto é sério. E a presença de dois representantes do Alto Comando do Exército em reunião no Clube Militar deu-lhe implicação ainda maior e imediata.O ministro da Defesa continua sem ter o que dizer? Que pena. Dele.


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