Agora, não tem
mais jeito, está aberta a temporada da caça ao voto e as pesquisas eleitorais.
Não adianta fingirmos que não existem candidaturas definidas e que a campanha
eleitoral ainda não começou. Por favor, deixemos de tergiversar, pois estamos
em plena campanha eleitoral ao governo do Estado da Paraíba. Temos, pelo menos,
três candidaturas definidas com três postulantes trabalhando diariamente em
torno das composições partidárias e eleitorais. Chega de eufemismos. Quase não
existem mais pré-candidaturas. A maioria dos políticos paraibanos,
principalmente os de primeira grandeza, sabem bem a que cargos concorrerão nas
eleições de outubro e, sim, eles estam em campanha eleitoral.
E isso é bem verdade se observarmos que a pelo menos um mês o governador
Ricardo Coutinho, o senador Cássio Cunha Lima e o ex-prefeito Veneziano Vital
só aparecem na imprensa para falar de eleições, composições, articulações e,
claro, votos. E isso é tão claro que, ontem, o vice-governador Rômulo Gouveia
falou em um calendário eleitoral quando deveria, na verdade, ter se referido ao
calendário escolar da rede de ensino público da Paraíba. Mas, tudo bem, afinal
atire a primeira pedra quem nunca cometeu um ato falho e quem nunca se pegou
confessando que só pensa em eleição. É que o vice-governador comentava sobre a
situação, ruim, das escolas públicas fechadas para reforma.
Mas, deixemos essa questão para outro POLITICANDO. Mesmo que minhas
atenções se voltem, também, para outras coisas da política, e não
exclusivamente para as eleições, devo, preciso, comentá-las. Esse é minha
função, meu ofício. O fato é que os partidos e atores políticos precisam tomar
uma série de cuidados com a tal campanha extemporâneo. É que a justiça
eleitoral pode implodir uma candidatura se conseguir provar que o político
fazia campanha fora do calendário eleitoral. Mas, atire quantas predas quiser aquele
que nunca fez uma campanha eleitoral fora de época. Aliás, nossos políticos são
especializados em fazer campanha eleitoral, poucos se voltam para suas
atividades executivas ou parlamentares de forma exclusiva.
É no mínimo irônico que fiquemos cheios de pruridos, de escrúpulos, para
nos referirmos aos políticos que são candidatos. Em geral, dizemos o
pré-candidato fulano de tal. Também usamos expressões como: “se sicrano de tal
fosse candidato”. No entanto, quando falamos das pesquisas nos referimos aos
candidatos e ponto final. As pesquisas eleitorais que estam saindo nos últimos
dias falam em Veneziano, Ricardo e Cássio como candidatos ao governo do Estado.
É claro, que eles só serão candidatos de fato e de direito a partir do momento
em que as convenções partidárias fizerem as devidas homologações. O fato é que
nosso sistema político é assim mesmo, recheado de firulas, como diria o
presidente do STF.
A ironia da situação é gritante. O político fala como candidato, se
comporta como candidato, se veste com as cores de sua candidatura, só trabalha
para maximizar sua candidatura, mas não pode ser tratado como candidato? Isso
é, no mínimo, ridículo. A recente pesquisa do Instituto de Pesquisas Sociais,
Políticas e Econômicas (IPESPE) quase não destoou da pesquisa que a Campina FM
e a TV Itararé contrataram ao Grupo 6SIGMA, pelo menos na aferição estimulada.
O Grupo 6SIGMA trouxe Cássio em 1º lugar com 43.5%, Ricardo em 2º com 22.5% e
Veneziano em 3º com 14.3%. Já o IPESPE trouxe Cássio com 43%, Ricardo com 23% e
Veneziano com 11%. A margem de erro 6SIGMA é de dois pontos percentuais. Já a margem de erro IPESPE é de 2,6 pontos
percentuais. Esta diferença é pequena, mas é bom não esquecer que as eleições
majoritárias na Paraíba, e principalmente em Campina Grande, são sempre muito
disputadas.
Às vezes, diferenças mínimas de percentuais, apresentadas pelos institutos
de pesquisa, são justamente a diferença entre o vencedor e o derrotado no 2º
turno. O IPESPE colocou a advogada Nadja Palitot em sua pesquisa estimulada.
Inclusive, ela apareceu em 4º lugar com 2% das intenções de votos. Mas,
considerando que o PT nacional já ordenou ao PT estadual a composição com o
PMDB de Veneziano Vital, eu vou tratar este 2% de Nadja como uma impureza da
pesquisa.
Na pesquisa espontânea, Cássio tem 32%, Ricardo tem 19% e Veneziano tem
6%. São diferenças nada desprezíveis, em relação à estimulada, se considerarmos
que estas três candidaturas estam postas e em plena atividade. Amanhã eu vou
continuar analisando o cenário eleitoral da Paraíba de posse desses e de outros
dados. Não existem certezas, sobram dúvidas. Certo mesmo é que o jogo está
aberto e apenas começando. Não percam amanhã a segunda parte da coluna: “NÃO
EXISTEM MAIS PRÉ-CANDIDATURAS”.
AQUI É O
POLITICANDO, COM GILBERGUES SANTOS, PARA A CAMPINA FM.
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