quarta-feira, 9 de abril de 2014

NÃO EXISTEM MAIS PRÉ-CANDIDATURAS


Agora, não tem mais jeito, está aberta a temporada da caça ao voto e as pesquisas eleitorais. Não adianta fingirmos que não existem candidaturas definidas e que a campanha eleitoral ainda não começou. Por favor, deixemos de tergiversar, pois estamos em plena campanha eleitoral ao governo do Estado da Paraíba. Temos, pelo menos, três candidaturas definidas com três postulantes trabalhando diariamente em torno das composições partidárias e eleitorais. Chega de eufemismos. Quase não existem mais pré-candidaturas. A maioria dos políticos paraibanos, principalmente os de primeira grandeza, sabem bem a que cargos concorrerão nas eleições de outubro e, sim, eles estam em campanha eleitoral.

E isso é bem verdade se observarmos que a pelo menos um mês o governador Ricardo Coutinho, o senador Cássio Cunha Lima e o ex-prefeito Veneziano Vital só aparecem na imprensa para falar de eleições, composições, articulações e, claro, votos. E isso é tão claro que, ontem, o vice-governador Rômulo Gouveia falou em um calendário eleitoral quando deveria, na verdade, ter se referido ao calendário escolar da rede de ensino público da Paraíba. Mas, tudo bem, afinal atire a primeira pedra quem nunca cometeu um ato falho e quem nunca se pegou confessando que só pensa em eleição. É que o vice-governador comentava sobre a situação, ruim, das escolas públicas fechadas para reforma.

Mas, deixemos essa questão para outro POLITICANDO. Mesmo que minhas atenções se voltem, também, para outras coisas da política, e não exclusivamente para as eleições, devo, preciso, comentá-las. Esse é minha função, meu ofício. O fato é que os partidos e atores políticos precisam tomar uma série de cuidados com a tal campanha extemporâneo. É que a justiça eleitoral pode implodir uma candidatura se conseguir provar que o político fazia campanha fora do calendário eleitoral. Mas, atire quantas predas quiser aquele que nunca fez uma campanha eleitoral fora de época. Aliás, nossos políticos são especializados em fazer campanha eleitoral, poucos se voltam para suas atividades executivas ou parlamentares de forma exclusiva.

É no mínimo irônico que fiquemos cheios de pruridos, de escrúpulos, para nos referirmos aos políticos que são candidatos. Em geral, dizemos o pré-candidato fulano de tal. Também usamos expressões como: “se sicrano de tal fosse candidato”. No entanto, quando falamos das pesquisas nos referimos aos candidatos e ponto final. As pesquisas eleitorais que estam saindo nos últimos dias falam em Veneziano, Ricardo e Cássio como candidatos ao governo do Estado. É claro, que eles só serão candidatos de fato e de direito a partir do momento em que as convenções partidárias fizerem as devidas homologações. O fato é que nosso sistema político é assim mesmo, recheado de firulas, como diria o presidente do STF.

A ironia da situação é gritante. O político fala como candidato, se comporta como candidato, se veste com as cores de sua candidatura, só trabalha para maximizar sua candidatura, mas não pode ser tratado como candidato? Isso é, no mínimo, ridículo. A recente pesquisa do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE) quase não destoou da pesquisa que a Campina FM e a TV Itararé contrataram ao Grupo 6SIGMA, pelo menos na aferição estimulada. O Grupo 6SIGMA trouxe Cássio em 1º lugar com 43.5%, Ricardo em 2º com 22.5% e Veneziano em 3º com 14.3%. Já o IPESPE trouxe Cássio com 43%, Ricardo com 23% e Veneziano com 11%. A margem de erro 6SIGMA é de dois pontos percentuais.  Já a margem de erro IPESPE é de 2,6 pontos percentuais. Esta diferença é pequena, mas é bom não esquecer que as eleições majoritárias na Paraíba, e principalmente em Campina Grande, são sempre muito disputadas.


 Às vezes, diferenças mínimas de percentuais, apresentadas pelos institutos de pesquisa, são justamente a diferença entre o vencedor e o derrotado no 2º turno. O IPESPE colocou a advogada Nadja Palitot em sua pesquisa estimulada. Inclusive, ela apareceu em 4º lugar com 2% das intenções de votos. Mas, considerando que o PT nacional já ordenou ao PT estadual a composição com o PMDB de Veneziano Vital, eu vou tratar este 2% de Nadja como uma impureza da pesquisa.

Na pesquisa espontânea, Cássio tem 32%, Ricardo tem 19% e Veneziano tem 6%. São diferenças nada desprezíveis, em relação à estimulada, se considerarmos que estas três candidaturas estam postas e em plena atividade. Amanhã eu vou continuar analisando o cenário eleitoral da Paraíba de posse desses e de outros dados. Não existem certezas, sobram dúvidas. Certo mesmo é que o jogo está aberto e apenas começando. Não percam amanhã a segunda parte da coluna: “NÃO EXISTEM MAIS PRÉ-CANDIDATURAS”.

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AQUI É O POLITICANDO, COM GILBERGUES SANTOS, PARA A CAMPINA FM.

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