Hoje eu iniciarei uma série de comentários sobre os
pré-candidatos a prefeito de Campina Grande. Ao longo dos dias, tratarei de
cada um deles em separado.
E , ao final, farei uma análise geral. Longe de querer fixar
conclusões, a ideia é contribuir para as decisões que teremos que tomar como
eleitores.
Romero Rodrigues é filiado ao PSDB. Têm 45 anos, é
casado, engenheiro agrônomo e natural de Galante. O valor total declarado de
seus bens é de R$ 794.694,00. Nas eleições de 2010 foi eleito deputado federal
com 95.293 votos, o equivalente a 4,88% dos votos válidos.
Ele já foi vereador em Campina Grande e
deputado estadual. Nas eleições que já disputou foi sempre bem votado, por isso
possui um bom capital eleitoral. É experiente na política institucional,
principalmente na atuação parlamentar e costuma ser bem avaliado pelos que
acompanham o dia-a-dia da Câmara dos Deputados.
Se por um lado isto é
uma vantagem, por outro não deixa de ser uma desvantagem já que Romero nunca
ocupou cargos majoritários. Ele nunca foi prefeito, por exemplo. Assim, não se
sabe como ele se comportará no embate político-eleitoral na qualidade de
candidato a prefeito. Ele nunca foi testado em um debate na TV, por exemplo.
Romero é conhecido pelo
seu temperamento moderado. Raramente altera o tom da voz. Nos embates
políticos, em geral, ele busca a conciliação. Com isso, deverá ter baixos
índices de rejeição nas pesquisas eleitorais, em que pese não se saber se isso
garante boas colocações nas mesmas pesquisas.
A questão é se ele
adotará o tom altivo que a eleição campinense às vezes exige. Saberá lidar com
as criticas e até mesmo acusações que inevitavelmente virão? Romero se mostra a
vontade no desempenho das atividades parlamentares, parece ter sido talhado
para isso. A dúvida é se ele se sentirá a vontade como prefeito, caso seja
eleito, claro.
Mas, Romero tem um
trunfo. Conta com o apoio de Cássio Cunha Lima. Que, além de seu parente
próximo, é uma espécie de “irmão mais velho” no mundo da política. No PSDB não
houve discussões sobre quem seria o candidato. Cássio foi tão direto quando
anunciou seu apoio a Romero que impediu as disputas intra-partidárias. Assim,
ele vai para a disputa sem ter que administrar insatisfações no seu partido e,
fora dele, com os aliados. Nos dias de hoje, isso já é alguma coisa.
ROMERO PODE SER A
PRIMEIRA MELHOR OPÇÃO, DA OPOSIÇÃO, PARA IMPEDIR A 3ª VITÓRIA CONSECUTIVA DO
GRUPO LIDERADO PELOS IRMÃOS VENEZIANO E VITAL DO RÊGO. O GRUPO DE CÁSSIO CUNHA
LIMA PRECISA DE UM NOME QUE POSSA ENFRENTAR A ESCOLHA DE VENEZIANO SEM OS
RANÇOS DAS ELEIÇÕES PASSADAS.
Alguém que, mesmo
associado aos enfrentamentos passados, possa emprestar leveza ao embate
naturalmente acirrado. Algo que pesou sobremaneira para que ele fosse o
escolhido foi o critério da fidelidade acima de tudo que devota a Cássio. Mas,
isso pode ou não ser uma vantagem, pois uns vão nele votar porque Cássio o apóia,
e outros não votaram exatamente por causa desse apoio.
Romero está de olho na
grande votação que Cássio teve na última eleição e no fato que Ricardo Coutinho
deve em muito sua vitória, para governador, ao empenho de CCL.
Mas, é bom não
esquecer, a transferência de votos é irregular no Brasil. Nem sempre o mesmo
político consegue a mesma taxa de transferência de uma eleição para a outra.
SOBRE SE A CANDIDATURA DE ROMERO VAI DECOLAR A PONTO DE CHEGAR A UM 2º TURNO, VEJO CHANCES CONCRETAS. MAS, COMOS SE DIZ NA F1, UMA COISA É SE APROXIMAR, OUTRA É ULTRAPASSAR E GANHAR.