terça-feira, 27 de março de 2012

ANALISANDO OS PRÉ-CANDIDATOS - ROMERO RODRIGUES


Hoje eu iniciarei uma série de comentários sobre os pré-candidatos a prefeito de Campina Grande. Ao longo dos dias, tratarei de cada um deles em separado. E, ao final, farei uma análise geral. Longe de querer fixar conclusões, a ideia é contribuir para as decisões que teremos que tomar como eleitores.

Romero Rodrigues é filiado ao PSDB. Têm 45 anos, é casado, engenheiro agrônomo e natural de Galante. O valor total declarado de seus bens é de R$ 794.694,00. Nas eleições de 2010 foi eleito deputado federal com 95.293 votos, o equivalente a 4,88% dos votos válidos.

Ele já foi vereador em Campina Grande e deputado estadual. Nas eleições que já disputou foi sempre bem votado, por isso possui um bom capital eleitoral. É experiente na política institucional, principalmente na atuação parlamentar e costuma ser bem avaliado pelos que acompanham o dia-a-dia da Câmara dos Deputados.

Se por um lado isto é uma vantagem, por outro não deixa de ser uma desvantagem já que Romero nunca ocupou cargos majoritários. Ele nunca foi prefeito, por exemplo. Assim, não se sabe como ele se comportará no embate político-eleitoral na qualidade de candidato a prefeito. Ele nunca foi testado em um debate na TV, por exemplo.

Romero é conhecido pelo seu temperamento moderado. Raramente altera o tom da voz. Nos embates políticos, em geral, ele busca a conciliação. Com isso, deverá ter baixos índices de rejeição nas pesquisas eleitorais, em que pese não se saber se isso garante boas colocações nas mesmas pesquisas.

A questão é se ele adotará o tom altivo que a eleição campinense às vezes exige. Saberá lidar com as criticas e até mesmo acusações que inevitavelmente virão? Romero se mostra a vontade no desempenho das atividades parlamentares, parece ter sido talhado para isso. A dúvida é se ele se sentirá a vontade como prefeito, caso seja eleito, claro.

Mas, Romero tem um trunfo. Conta com o apoio de Cássio Cunha Lima. Que, além de seu parente próximo, é uma espécie de “irmão mais velho” no mundo da política. No PSDB não houve discussões sobre quem seria o candidato. Cássio foi tão direto quando anunciou seu apoio a Romero que impediu as disputas intra-partidárias. Assim, ele vai para a disputa sem ter que administrar insatisfações no seu partido e, fora dele, com os aliados. Nos dias de hoje, isso já é alguma coisa.

ROMERO PODE SER A PRIMEIRA MELHOR OPÇÃO, DA OPOSIÇÃO, PARA IMPEDIR A 3ª VITÓRIA CONSECUTIVA DO GRUPO LIDERADO PELOS IRMÃOS VENEZIANO E VITAL DO RÊGO. O GRUPO DE CÁSSIO CUNHA LIMA PRECISA DE UM NOME QUE POSSA ENFRENTAR A ESCOLHA DE VENEZIANO SEM OS RANÇOS DAS ELEIÇÕES PASSADAS.

Alguém que, mesmo associado aos enfrentamentos passados, possa emprestar leveza ao embate naturalmente acirrado. Algo que pesou sobremaneira para que ele fosse o escolhido foi o critério da fidelidade acima de tudo que devota a Cássio. Mas, isso pode ou não ser uma vantagem, pois uns vão nele votar porque Cássio o apóia, e outros não votaram exatamente por causa desse apoio.

Romero está de olho na grande votação que Cássio teve na última eleição e no fato que Ricardo Coutinho deve em muito sua vitória, para governador, ao empenho de CCL. 
Mas, é bom não esquecer, a transferência de votos é irregular no Brasil. Nem sempre o mesmo político consegue a mesma taxa de transferência de uma eleição para a outra.


SOBRE SE A CANDIDATURA DE ROMERO VAI DECOLAR A PONTO DE CHEGAR A UM 2º TURNO, VEJO CHANCES CONCRETAS. MAS, COMOS SE DIZ NA F1, UMA COISA É SE APROXIMAR, OUTRA É ULTRAPASSAR E GANHAR.