A pesquisa CAMPINA FM/GRUPO 6SIGMA tem um erro
amostral máximo de 2.95%. Significa que a margem de erro (para mais ou para
menos) a ser aplicada sobre as variáveis dos quesitos não pode ultrapassar
2.95%. Uma margem pequena como essa
aumenta a credibilidade da pesquisa, pois define bem o lugar que cada candidato
ocupa na disputa. Pesquisas com margem de erro de 4 pontos percentuais podem criar
falsas verdades.
Já sabemos que na pesquisa estimulada Romero
Rodrigues ocupa o 1º lugar levando uma vantagem de 13.8% sobre Tatiana Medeiros,
que por sua vez está sete pontos a frente de Daniella Ribeiro. Sabemos, também,
que Arthur Bolinha e Guilherme Almeida não ameaçam com seus quase três pontos
percentuais. Em que pese poderem ser o fiel da balança para que se tenha o 2º
turno.
É que para que a eleição acabe no 1º turno Romero
precisa ter pelo menos 01 ponto percentual a mais do que todos os outros
candidatos juntos. Tarefa das mais difíceis num cenário com tantas candidaturas.
Cada pontinho percentual que um Arthur, um Guilherme ou mesmo Alexandre e
Sizenando tenham a mais em seus parcos percentuais leva Romero a disputar o 2º
turno com uma das duas candidatas.
Mesmo Tatiana estando sete pontos a frente de
Daniella, não descarto que a deputada do PP consiga se reequilibrar e retomar um
caminha que possa leva-la ao 2º turno. Mas, para isso, Tatiana teria que
estacionar para que Daniella a ultrapassasse. Algo possível, mas que é difícil
lá isso é, pois Daniella tem demonstrado uma fragilidade inesperada para quem
começou tão bem.
Façamos uma conta
simples. Romero Rodrigues tem 37.1% e os outros seis candidatos juntos somam
46.3%. Temos uma diferença a favor do 2º turno de 9.2%. Para vencer já no 1º
turno Romero tem de puxar de todos os candidatos algo em torno de 10 pontos
percentuais. Ou, então, ele precisa convencer todos os indecisos, que são
10.1%, a nele votar.
Isso é complicado se
considerarmos que Romero parece bem próximo do máximo de votos que pode ter no
1º turno, que é a soma de seu próprio capital social, mais o que Cássio Cunha
Lima transfere para ele.
A favor do fim da eleição já no 1º turno temos a
curva ascendente que Romero trilhou. Na pesquisa de julho ele tinha 23.9% e
agora aparece com 37.1%, um crescimento de 13.2%. A questão é se Romero
consegue crescer mais e por onde. Avançando sobre seus adversários ou capitando
corações e mentes dos indecisos? É bom não esquecer que ele teve a maior variação
em termos de rejeição.
Em julho ele tinha 9.4%, variou 6 ponto, e agora
aparece com 15.4% de rejeição. Tatiana segue em 1º lugar na rejeição. Agora ela
tem 22.6% contra os 18.5% de Julho. Uma variação de 4.1% para cima. Uma das
explicações para essa alta rejeição é o fato de Tatiana ser absolutamente
identificada com a questão da saúde e os campinenses terem elegido a saúde como
uma das áreas mais problemáticas.
Como Tatiana ficou tão próxima do 2º turno, com
tamanha rejeição? É que o prefeito Veneziano fez da campanha dela a razão de
sua vida política. Claro, o seu futuro político depende completamente da
eleição atual.
Daniella Ribeiro não tinha e não tem grande
rejeição. Em Julho ela tinha 5.1% e agora ela aparece com 8.5%. Mas, como é que
com tão baixa rejeição Daniella foi caindo tanto nas pesquisas? Daniella é vítima do imbróglio com o PT, que a fez
perder tempo no Guia eleitoral e um vice que poderia agregar votos. E ela caiu nas
pesquisas graças aos erros que cometeu, principalmente na estratégia política.
Em condições normais de temperatura e pressão,
teremos um 2º turno com Romero Rodrigues e Tatiana Medeiros. Os números da
pesquisa CAMPINA FM/GRUPO 6SIGMA me levam a concluir isso. Mas, se uma
declaração desastrosa, dada num minuto, pode por tudo a perder, imaginem o que não
acontece em 13 dias? A partir de hoje, tudo pode acontecer, até um terremoto de
magnitude sete na Escala Richter.