No início de abril, eu perguntava
onde estava o senador Cássio Cunha Lima que ainda não tinha se engajado na
campanha eleitoral de Campina Grande. Usei até a brincadeira do “onde está Wally?”
para ilustrar a coluna daquele dia. De lá para cá a situação não se alterou e
tem gerado muitas especulações.
Sábado passado, Cássio esteve no
Parque do Povo e aproveitou para elogiar o gesto do prefeito Veneziano de
homenagear seu pai, Ronaldo Cunha Lima, na abertura do São João. Aliás, a
homenagem do prefeito e a fala do senador geram especulações sobre uma
aproximação entre Cássio e os irmãos Vital. Mas, isso é tema para outro
politicando.
A questão é: em que momento
Cássio vai arregaçar as mangas para tentar eleger Romero Rodrigues prefeito de
Campina? Se é que vai mesmo fazer isso. Afora notícias dando conta de reuniões
para traçar planos e de uma ou outra declaração do senador afirmando seu apoio
a Romero não se vê atos concretos. E vejam que uma ou outra declaração dada de Brasília,
em apoio a Romero, é diferente de um sistemático trabalho em prol de uma
candidatura.
Cássio é o ator político
paraibano com o maior potencial de transferência de votos. Mas, terá que pegar
no braço de seu candidato, andar pelas ruas e pedir votos. Na lógica da transferência
de votos, o cidadão aceita votar até num poste, desde que a liderança venha a
público e peça. Se ela não aparece o cidadão desconfia.
O maior problema de Romero
Rodrigues hoje, para afirmar sua candidatura, é que Cássio, assim como Wally, parece
perdido na multidão. Recentemente o PSDB agendou uma pré-convenção que não se
realizou porque Cássio Cunha Lima não podia estar presente. Ele alegou uma
forte gripe para se ausentar. Especulou-se sobre se ele está convencido de que Romero
é a melhor opção. Talvez Cássio esteja buscando outros caminhos.
Cássio tem sido visto nas
reuniões da CPMI do Cachoeira. Diariamente ele aparece nos grandes jornais da TV
sempre falando da CPMI e da “Conferência Rio + 20”. Isso é bom para a carreira
de um político. Ajuda a projetá-lo mais e melhor em nível nacional, sem contar
que qualifica a atuação de um senador da república. Mas, existe a liderança de Cássio
em seu estado. Ele é a estrela maior do grupo que faz parte. E este grupo não
tomará uma decisão sem que ele avalize.
O fato é que tem “cassistas de
carteirinha” duvidando que Romero seja o candidato a prefeito do grupo liderado
por Cássio. Um dado relevante é que aliados de Cássio migraram para outras
candidaturas. O ex-prefeito Félix Araújo, tinha anunciado apoio a Daniella
Ribeiro, mas agora deve apoiar Guilherme Almeida. Pois seu filho, Félix Neto, é
o vice de Guilherme. Seria apenas uma posição isolada ou a preparação do
terreno para algo que aconteceria em breve? Cássio viria apoiar Daniella pensando
no futuro?
Seja
lá o que for, Cássio Cunha Lima teria que vir para o cenário paraibano e
exercer o seu papel de liderança0 do contrário vamos continuar perguntando
“onde está Wally?”