Daniella Ribeiro é filiada ao PP. Tem 39 anos, é divorciada e
campinense. É pedagoga pela UEPB, com pós-graduação em relações internacionais
pela UNB. O valor total de seus bens declarados é de R$ 72.000,00. Ela já foi
vereadora em Campina
Grande e candidata a vice-prefeita na chapa com Rômulo
Gouveia. Foi eleita deputada estadual nas últimas eleições com 29.863 sufrágios
ou 1,5% dos votos válidos. Em suas atuações parlamentares, Daniella é sempre
bem avaliada.
Ela vem de uma tradicional família
da política paraíbana. Seu pai, Enivaldo Ribeiro, foi prefeito de Campina e
deputado federal. Sua mãe, Virgínia Velloso, é prefeita de pilar. Seu irmão, Agnaldo
Ribeiro, é deputado federal e é o atual ministro das cidades do governo Dilma
Rousseff. Talvez, Daniella queira ser prefeita bem mais pelo seu histórico
familiar do que pela sua atuação parlamentar.
A família Ribeiro vê a atividade
política como um negócio próprio. Enivaldo Ribeiro foi preparando seus filhos
para darem prosseguimento a sua carreira. Não é a toa que ele foi repassando,
como se fosse uma herança, o invejável capital político eleitoral que sempre
dispôs em Campina Grande. Daniella
é um daqueles casos em que a família dedica longos esforços para prepará-la para
a vida pública. Isso faz com que o fato dela não ter, ainda, experiência como
gestora pública seja quase imperceptível.
Os passos de sua carreira política
são muito bem pensados. Veja-se que ela foi candidata a vice de Rômulo Gouveia
e, mesmo perdendo, ganhou em popularidade. Se para alguns candidatos essa
eleição para prefeito tem a função de torná-los conhecidos, para Daniella, não,
ela está no jogo para disputar e ganhar, se possível.
Daniella é bem conhecida nos bairros
populares da cidade, pelo seu trabalho assistencialista. Ela se utiliza bem do
discurso de que é uma “mulher do povo”, mesmo que não tenha emergido das
camadas populares. Ela sabe bem utilizar sua disposição para enfrentar
polêmicas. Raramente ela desiste de um debate e, ao que parece, quanto mais
acirrado ele for melhor para ela.
Talvez, a curto ou médio prazos, as
denúncias feitas ao seu irmão, Aguinaldo Ribeiro, possam nela respingar. Se a
indicação de Agnaldo para o ministério das cidades fortaleceu sua candidatura,
podendo ainda trazer muitos dividendos, uma renuncia forçada pode vir a enfraquecê-la.
Por enquanto não é o que se vê. Nem na mídia e nem na sociedade pode-se ver uma
relação negativa entre a questão do “JAMPA DIGITAL” e a sua candidatura. Obviamente,
que todas as acusações que pesam sobre o ministro Aguinaldo podem vir a ser
usadas pelos adversários de Daniela, no guia eleitoral.
Sobre as chances da candidatura de Daniela,
posso dizer que são promissoras. Ela se coloca entre os três primeiros. A preço
de hoje, ninguém apostaria num 2º turno sem Daniella Ribeiro. A política de
alianças que ela vem desenvolvendo demonstra bem isso, pois seu partido vem
negociando com vários outros. Inclusive, existe a possibilidade de um dos
atuais pré-candidatos vir a ser tornar o vice na chapa de Daniella e isso, sim,
a tornaria bastante forte. Mas, como caldo de galinha e cautela nunca fez mal a
ninguém, certa parcimônia neste momento deve ajudar. Até porque num jogo de
aposta alta como este ninguém quer perder e todo mundo quer ganhar.