quinta-feira, 5 de abril de 2012

ANALISANDO OS PRÉ-CANDIDATOS – DANIELLA RIBEIRO


Daniella Ribeiro é filiada ao PP. Tem 39 anos, é divorciada e campinense. É pedagoga pela UEPB, com pós-graduação em relações internacionais pela UNB. O valor total de seus bens declarados é de R$ 72.000,00. Ela já foi vereadora em Campina Grande e candidata a vice-prefeita na chapa com Rômulo Gouveia. Foi eleita deputada estadual nas últimas eleições com 29.863 sufrágios ou 1,5% dos votos válidos. Em suas atuações parlamentares, Daniella é sempre bem avaliada.


Ela vem de uma tradicional família da política paraíbana. Seu pai, Enivaldo Ribeiro, foi prefeito de Campina e deputado federal. Sua mãe, Virgínia Velloso, é prefeita de pilar. Seu irmão, Agnaldo Ribeiro, é deputado federal e é o atual ministro das cidades do governo Dilma Rousseff. Talvez, Daniella queira ser prefeita bem mais pelo seu histórico familiar do que pela sua atuação parlamentar.

A família Ribeiro vê a atividade política como um negócio próprio. Enivaldo Ribeiro foi preparando seus filhos para darem prosseguimento a sua carreira. Não é a toa que ele foi repassando, como se fosse uma herança, o invejável capital político eleitoral que sempre dispôs em Campina Grande. Daniella é um daqueles casos em que a família dedica longos esforços para prepará-la para a vida pública. Isso faz com que o fato dela não ter, ainda, experiência como gestora pública seja quase imperceptível.

Os passos de sua carreira política são muito bem pensados. Veja-se que ela foi candidata a vice de Rômulo Gouveia e, mesmo perdendo, ganhou em popularidade. Se para alguns candidatos essa eleição para prefeito tem a função de torná-los conhecidos, para Daniella, não, ela está no jogo para disputar e ganhar, se possível.

Daniella é bem conhecida nos bairros populares da cidade, pelo seu trabalho assistencialista. Ela se utiliza bem do discurso de que é uma “mulher do povo”, mesmo que não tenha emergido das camadas populares. Ela sabe bem utilizar sua disposição para enfrentar polêmicas. Raramente ela desiste de um debate e, ao que parece, quanto mais acirrado ele for melhor para ela.

Talvez, a curto ou médio prazos, as denúncias feitas ao seu irmão, Aguinaldo Ribeiro, possam nela respingar. Se a indicação de Agnaldo para o ministério das cidades fortaleceu sua candidatura, podendo ainda trazer muitos dividendos, uma renuncia forçada pode vir a enfraquecê-la. Por enquanto não é o que se vê. Nem na mídia e nem na sociedade pode-se ver uma relação negativa entre a questão do “JAMPA DIGITAL” e a sua candidatura. Obviamente, que todas as acusações que pesam sobre o ministro Aguinaldo podem vir a ser usadas pelos adversários de Daniela, no guia eleitoral.

Sobre as chances da candidatura de Daniela, posso dizer que são promissoras. Ela se coloca entre os três primeiros. A preço de hoje, ninguém apostaria num 2º turno sem Daniella Ribeiro. A política de alianças que ela vem desenvolvendo demonstra bem isso, pois seu partido vem negociando com vários outros. Inclusive, existe a possibilidade de um dos atuais pré-candidatos vir a ser tornar o vice na chapa de Daniella e isso, sim, a tornaria bastante forte. Mas, como caldo de galinha e cautela nunca fez mal a ninguém, certa parcimônia neste momento deve ajudar. Até porque num jogo de aposta alta como este ninguém quer perder e todo mundo quer ganhar.