A capacidade de transferência de votos de um líder
político pode variar entre uma eleição e outra. Ou seja, ela não é constante. Não
basta um líder político pedir para se votar num determinado candidato, pois ele
tem que ser merecedor, aos olhos do eleitor claro, da transferência. É preciso
entender que a transferência de votos não é algo automático. Não basta um
grande líder político pedir para se votar em quem ele bem queira. Não é porque
o líder é um Lula da vida que os eleitores vão votar em qualquer um que ele
queira. A história do poste surgiu disso.
Dizia-se que existiam
políticos que de tão populares e tão bem avaliados poderiam eleger o que bem
quisessem. Até mesmo um poste. Em setembro de 2008, por exemplo, Lula era tão
bem avaliado que muitos analistas diziam que ele elegeria até um poste, se
assim quisesse. Mas, como é que surge a história do poste? O advento da
reeleição, a proibição dos governantes buscarem um 3º mandato consecutivo e as
restrições para que tentem colocar parentes como sucessores criou nova
situação. Assim, ter um aliado de confiança como sucessor é estratégico, pois
partidos e políticos não querem deixar o governo para um adversário, por
motivos mais do que óbvios.
Quando o líder político
torna-se cabo eleitoral aumenta sua popularidade. Enquanto pede votos para seu
aliado, aumenta sua exposição, fala do que fez e turbina seus projetos
políticos futuros. Mas, este é um jogo delicado, pois se em caso de vitória a
demonstração de força é grande, em caso de derrota o poder de liderar as massas
é questionado de cima a baixo. Não fazer o sucessor é uma das piores derrotas
que um líder político pode sofrer. É sempre um jogo de aposta alta.
É este o dilema que Veneziano enfrenta hoje. Se Tatiana for eleita, ele entra no jogo eleitoral de 2014, se ela perder, ele fica com o ônus da derrota, além do oxigênio dos políticos que é o cargo público. Cássio Cunha Lima também tem seu dilema. Além de colocar a prova seu prestígio político, apoiando Romero Rodrigues, pode vir a ter que lidar com uma terceira derrota consecutiva em seu principal reduto eleitoral. Já Daniella Ribeiro conta com a capacidade de transferência de votos, para somar ao seu capital eleitoral, mas este é um dilema menos complicado, pois se trata de uma questão de herança política. Claro, o tamanho do dilema de cada um é proporcional a situação política que possuem. A situação de Romero é mais cômoda, pois Cássio Cunha Lima vem sendo um bom cabo eleitoral. Veja-se como ele foi útil na eleição de Ricardo Coutinho.
É este o dilema que Veneziano enfrenta hoje. Se Tatiana for eleita, ele entra no jogo eleitoral de 2014, se ela perder, ele fica com o ônus da derrota, além do oxigênio dos políticos que é o cargo público. Cássio Cunha Lima também tem seu dilema. Além de colocar a prova seu prestígio político, apoiando Romero Rodrigues, pode vir a ter que lidar com uma terceira derrota consecutiva em seu principal reduto eleitoral. Já Daniella Ribeiro conta com a capacidade de transferência de votos, para somar ao seu capital eleitoral, mas este é um dilema menos complicado, pois se trata de uma questão de herança política. Claro, o tamanho do dilema de cada um é proporcional a situação política que possuem. A situação de Romero é mais cômoda, pois Cássio Cunha Lima vem sendo um bom cabo eleitoral. Veja-se como ele foi útil na eleição de Ricardo Coutinho.