Fernando Carvalho é filiado ao PT DO B. Tem 51
anos, é militar reformado, casado, natural de Campina Grande. O valor total de
seus bens declarados é de R$ 311.481,00. Ele está no último ano de um terceiro
mandato de vereador, que é bem avaliado pelo atendimento que dá a seus
eleitores. E sobre isso duas coisas chamam atenção. A primeira é que ele foi
aumentando seu capital eleitoral de forma vertiginosa. Quando foi eleito a
primeira vez, em 2000, obteve 1.515.
Depois foi reeleito
para a Câmara de Vereadores com 3.364 votos, sendo o quinto vereador mais bem
votado para a legislatura iniciada em 2004. Em 2008 concorreu, pela terceira
vez, e conseguiu a expressiva votação de 4.091. Com esse histórico, Fernando
lançou-se pré-candidato para a disputa para prefeito de Campina Grande.
A segunda questão é a
frequência pela qual Carvalho muda de filiação partidária. Foram quatro
mudanças em um espaço de quatro eleições. Ele foi eleito vereador em 2000 pelo PRP.
Em 2004, já estava no PFL. Nas eleições de 2008 encontrava-se no PMDB e agora
mesmo está filiado ao PT DO B. Carvalho também já mudou de grupo político. Foi
aliado do senador Cássio Cunha Lima, do prefeito veneziano vital e agora optou
por seguir uma linha independente ou alternativa.
O que o levou a ser um
independente? Se era do grupo do prefeito, inclusive foi líder do governo na Câmara,
o que o levou a sair de sua zona de conforto? Porque Carvalho preferiu
enfrentar as incertezas de toda sorte de quem não dispõem de apoios vindos do
governo? Eu explico
Nas eleições de 2010,
ele foi candidato a deputado federal alcançando a soma de 23.076, mas não foi
eleito. A sua justificativa é não ter tido os apoios que necessitava. Ele não
escondeu a sua insatisfação para com o prefeito, pois esperava de Veneziano e Vitalzinho
um tipo de apoio incondicional. Mas, não esqueçamos, que Nilda Gondim era,
também, candidata. Muitos votos de Carvalho migraram para a mãe do prefeito.
A partir daí ele foi se
sentido preterido e depois de algumas hesitações foi buscar outros ares fora do
arco de aliança do prefeito Veneziano. Carvalho chegou mesmo a acalentar o
sonho de ser o candidato de Veneziano. Mas, ao que tudo indica isso nunca foi
uma vontade do prefeito. De líder do governo, parlamentar de confiança do
prefeito, Carvalho foi para o lado dos fazem criticas e aponta problemas. A
questão é: se ele não fosse candidato a prefeito teria assumido esta postura,
ou ela apenas reflete um cálculo eleitoral?
Sobre as chances de Carvalho
temos que ver duas coisas: uma é a luta titânica que ele está tendo para
afirmar sua candidatura. A outra é que papel ele terá na eleição caso consiga
viabilizar sua candidatura. Entrará na disputa ou será um simples figurante do
ato principal? E se houver uma terceira possibilidade? E se Carvalho estiver
pavimentar seu caminho de volta para o ninho governista? Assim, no momento
certo, retiraria sua candidatura em prol da candidatura oficial.