Uma eleição é feita de prazos. Os partidos, que são
representantes dos candidatos junto à Justiça Eleitoral, tem que cumpri-los sob
pena de não habilitar seus candidatos para a disputa. Tivemos o prazo para que
os partidos fizessem suas convenções. Quinta-feira passada encerrou-se o prazo
para que eles registrassem suas candidaturas.
O Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba confirmou
que Campina Grande terá sete candidatos a prefeito e 370 candidatos a vereador.
Considerando que a partir de 2013 vamos ter 23 representantes, nesta eleição 16
candidatos vão se bater por uma única vaga. Uma disputa e tanto. Mas, eu estou
considerando os números absolutos. É a proporcionalidade, de acordo com os
números de cada coligação, que determina quantos votos cada vereador precisa
para se eleger. Em breve, eu vou explicar como se faz o tal coeficiente
eleitoral.
Mas, atenção, registrar uma candidatura não quer
dizer que ela pode ir direto para a disputa. O TER-PB ainda julgará quem está
apto para o jogo eleitoral. Até o dia 18 deste mês as candidaturas podem ser
impugnadas. No Sistema de Divulgação de Registro de Candidaturas do TSE
(DIVULGACAND) aparece ao lado do nome de cada candidato a expressão “aguardando
julgamento”. Sete candidatos vão disputar o cargo de prefeito. Mas, dois deles se
mantêm a base de liminares. É como disputar uma corrida a base de
anabolizantes, retire-os e o corredor fica para trás.
Alexandre Almeida se registrou
liminarmente pelo PT com o número 13. Ele não possui partidos coligados e sua
vice é Flávia Maria do SINE. Além de todas as dificuldades vistas e revistas,
Alexandre tem mais uma. Sua vice não se desligou do cargo no prazo. Isso pode
lhe custar a candidatura.
O PP registrou Daniella Ribeiro com o nº 11. Sua
coligação é composta de cinco partidos e recebeu o nome de “PARA CAMPINA
CRESCER EM PAZ”. Isso demonstra que Daniella quer ser uma candidatura
alternativa. Ao dizer que quer paz, ela tenta convencer o eleitorado de que não
se envolve nas querelas dos dois grupos políticos hegemônicos na cidade. Convencer
o eleitorado campinense que não é ligada a nenhum grupo, que é uma terceira via
diferente das duas outras existentes, deverá ser a maior dificuldade de
Daniella.
O vice de Daniella é Perón
Japiassú do PT. O caro ouvinte deve atentar para a situação esdrúxula que temos
aqui. O mesmo partido tem dois candidatos disputando o mesmo cargo, só que em
chapas diferentes. Que o TRE resolva a questão o quanto antes, para que não
cheguemos no dia da eleição com a nítida impressão que vamos ter um terceiro
turno judicial.
O PSC registrou Guilherme Almeida com o nº 20. Sua
coligação, com o PC do B de seu vice Félix Neto, se intitula “CAMPINA GRANDE
IDEAL” e deve se basear nas ideias surgidas nos seminários feitos para elaborar
o programa de governo.
O PTB, ancorado em liminar, registrou a candidatura
de Arthur Almeida, com o nº 14. E não se coligou até pela fragilidade que
apresenta. O vice é Eudo Brasileiro. O
PSOL registrou Sizenando Leal sob o nº 50 e não se coligou com outros partidos.
O vice é José De Arimatéia.
O PSDB registrou Romero
Rodrigues com o nº 45. A já tradicional coligação “POR AMOR A CAMPINA” reuniu
nada menos do que 12 partidos. O vice é Ronaldo Filho. Ao adotar o velho
bordão, Romero demonstra alinhamento ao esquema político liderado pelo senador
Cássio Cunha Lima. Sem contar que sempre é bom dizer ao eleitor que se ama a
cidade que ser quer governar.
O PMDB registrou a candidatura
de Tatiana Medeiros sob o nº 15. A coligação “CAMPINA SEGUE EM FRENTE” reúne
seis partidos. O vice é Bruno Roberto. Tatiana não tergiversa. Deixa claro que
é a continuidade. Candidatos continuístas tem vergonha de assumir sua condição.
Não é o caso dela. Ao dizer que segue em frente lembra que não quer voltar ao
passado.
Já se pode fazer propaganda
eleitoral. Até 18 de julho as candidaturas podem ser impugnadas. Até 06 de
agosto candidatos apresentarão previsão de gastos para a campanha. É preciso
estar atento a estes prazos, não cumpri-los pode custar um mandato. O guia
eleitoral no rádio e na televisão começa no dia 21 de agosto. E a eleição será
no dia 07 de outubro.