terça-feira, 3 de julho de 2012

MUITA CALMA NESTA HORA, O JOGO SÓ ESTÁ COMEÇANDO.


As convenções partidárias que homologaram as chapas que vão disputar a eleição para prefeito de Campina Grande e João Pessoa foram verdadeiros espetáculos. Teve música, material de campanha, papel picado e balões. Teve políticos distribuindo sorrisos, beijos e abraços. Teve gente dançando forró, bebendo, enfim, se divertindo. Afinal, era a “festa da democracia”, como alguns gostam de dizer.

  

O PSDB foi o partido que saiu na frente neste quesito, pois lançou chapa puro sangue (Romero e Ronaldo Filho são tucanos) e conseguiu manter seus aliados. Uma aparente contradição que demonstra força. Como se sabe uma forma de atrair aliados é repartindo as fatias do poder. Muitos partidos só participam de uma coligação se obtiverem a vaga de vice na chapa.


O deputado Damião Feliciano (PDT) não aceitou a chapa 100% tucana, pois queria Lígia Feliciano, sua esposa, ao lado de Romero. Mas, oito partidos juntaram-se aos tucanos. São eles: PV, PT do B, PSL, PTN, PRP, PSB, DEM e PSD. O fato é que estes partidos não resistiram ao poder de atração que o senador Cássio Cunha Lima consegue exercer.


A exceção é o PSB que está na coligação devido a aliança que Cássio tem com Ricardo Coutinho. Mas, será que Ricardo está satisfeito com o resultado? Por quais motivos Ricardo não veio para a convenção promovida pelo seu principal aliado e na cidade que tem o segundo maior colégio eleitoral da Paraíba? Conhecendo o jeito Coutinho de fazer política, essa ausência mais pareceu um aviso.


Daniella Ribeiro conseguiu o feito de tirar o PT do arco de influência dos irmãos Vital. Mas, ainda existem chances do PT desfazer a aliança com o PP. O PT local segue enfrentando o PT estadual e nacional e registrou no TRE a ata da convenção que homologou a candidatura de Alexandre Almeida a prefeito de Campina Grande. Assim, existem duas atas. Uma que homologa Perón Japiassú (PT) como vice de Daniella e outra que homologa Alexandre como candidato. Em qual delas devemos acreditar só a justiça pode dizer.


Não que eu acredite, mas é possível que Daniella fique sem seu vice de uma hora para outra. Independente disso, o PP atraiu para seu arco de aliança quatro partidos. São eles: PPS, PSDC, PRTB e o PT.


O PMDB de Tatiana Medeiros montou uma coligação de fôlego. Além do PR de Bruno Roberto, o vice-candidato, eles têm o PTC, PPL, PHS, PRB e o PMN. Tatiana e os irmãos Vital não aceitam o ato do PT. Na convenção eles voltaram a se referir à traição do PT. Eles não aceitam ficar sem o PT. O que não deixa de ser uma atitude um tanto quanto emocional. Talvez fosse interessante repensarem o discurso. É que o eleitor não está lá muito interessado em saber quem traiu quem, pois agora é a hora de pedir o voto.


Um arguto jornalista percebeu que na convenção do PMDB não havia faixas nem cartazes dos vereadores da base governista. Não se viu material de campanha com vereadores aliados de veneziano apoiando Tatiana. Ou os vereadores da situação estam economizando dinheiro ou não querem associar suas postulações a candidatura de Tatiana Medeiros.


O PTB de Arthur Almeida e o PSTU de Sizenando Leal não se aliaram a nenhum partido. A dúvida é se foi por opção ou porque não se encontrou quem assim o quisesse.


A chapa de Guilherme Almeida (PSC) e Félix Neto (PC do B) tinha sido homologada alguns dias. Mas, o PC do só aceitou a coligação para a eleição majoritária. Os comunistas disseram não aos cristãos na eleição proporcional, alegando que assim não elegeriam um vereador sequer. O PC do B aceitou casar com o PSC, mas não quis ir para a lua de mel.


Em João Pessoa as coisas continuam tumultuadas. Ainda tem candidato sem vice. O papel que o PT desempenha em Campina, é, na capital, desempenhado pelo PSC. O PSC pessoense definiu que Ítalo Kumamoto seria o vice de Cícero. Ele foi até para a convenção. Mas o presidente estadual Marcondes Gadelha negociou o apoio ao PT de Luciano Cartaxo. E como no Brasil as coisas se resolvem por atos de força. Marcondes destituiu o diretório de João Pessoa e recorreu a direção nacional para tirar Kumamoto do palanque de Cicero. Simples assim.


Aconteceu de tudo nas convenções. Teve até político fugindo porque não queria ser candidato a vice-prefeito. Eu já vi político fazer o impossível para ser candidato, mas fugir da convenção para não ser candidato é a 1ª vez.