segunda-feira, 6 de agosto de 2012

AVALIANDO O GOVERNO DILMA



Na pesquisa CAMPINA FM/GRUPO 6SIGMA a administração do governo de Dilma Rousseff foi avaliada pelos campinenses de uma maneira bastante realista, pois governar é o ato pelo qual se faz opções e optar significa agradar a uns e desagradar a outros.

Dessa forma, 9.3% disseram que a administração de Dilma é ótima e 38.5% disseram que é boa. 36.6% afirmaram que é regular. 10.4% foram taxativos em dizer que ela é ruim e 5.2% que é péssima. Ainda, 48.8% dos entrevistados disseram que votariam em um candidato apoiado pela presidente.

No final da semana passada a Confederação Nacional dos Transportes divulgou uma pesquisa encomendada ao Instituto SENSUS. Ela afere os índices de aprovação do governo Dilma Rousseff e traz números sobre a eleição presidencial de 2014.

Lembrando que estes dados apenas desenham um, por enquanto pouco provável, cenário para 2014. É preciso ter claro que Dilma pode nem vir a disputar sua reeleição. A possibilidade mais clara neste momento é que Lula se candidate em 2014, já que ficou claro que Dilma iria apenas cumprir o que poderia ter sido o 3º mandato consecutivo de Lula.

Só um agravamento na saúde de Lula o levaria a não concorrer em 2014. Desde que saiu da presidência Lula só pensa em cuidar da saúde e tocar sua campanha para voltar ao governo federal em 01 de janeiro de 2015.

Voltando a pesquisa, vejamos um cenário em que Dilma tentaria se reeleger presidente da República, disputando contra o senador de Minas Gerais Aécio Neves e o governador de Pernambuco Eduardo Campos. Cenário não de todo arbitrário, mas que parece não querer considerar que José Serra só se candidatou a prefeito de São Paulo para retornar ao cenário das eleições presidenciais de 2014.

Se a eleição presidencial fosse hoje, Dilma venceria já no 1º turno. Isso mesmo, pela pesquisa CNT/SENSUS Dilma se reelegeria com 59%. Aécio ficaria em 2º lugar com 14.8% e Eduardo campos em 3º com 6.5%. Reproduzo estes números para que tenhamos algum ponto de partida em nossas análises. Mas, 2014 está muito longe e ainda temos as eleições municipais deste ano para alavancar ou enterrar pretensões futuras.

Vejamos como anda aprovação do governo federal. 56.6% dos entrevistados avaliam positivamente a administração Dilma. 35.3% consideram regular e apenas 7% classificam como ruim ou péssima. Em agosto do ano passado Dilma tinha uma avaliação positiva de 49.2% e uma negativa de 9.3%.

O caro ouvinte por acaso sabe o que acontecia entre junho e agosto de 2011? Dilma fazia uma verdadeira faxina em seus ministérios. Num espaço de quase três meses ela tocou para fora de seu governo seis ministros acusados de corrupção.

Enquanto Lula fingiu não saber que nas salas do 2º andar do Palácio do Planalto se tramava o “mensalão”, Dilma intimou seus ministros corruptos a pedirem demissão. Eis aí uma considerável diferença entre dois governantes que são, inclusive, do mesmo partido.

Quanto ao desempenho de Dilma, 75.7% dos entrevistados aprovam sua atuação e 17.3% desaprovam. Em agosto de 2011, 70.2% aprovavam o desempenho de Dilma e 13.5% reprovavam.

A pesquisa CNT/SENSUS ainda comparou os governos Lula e Dilma. 48.9% dos entrevistados disseram que eles são iguais. Só não se sabe se para o bem ou se para o mal. 34.6% disseram que o governo Dilma é pior do que o de Lula. Mas, precisaríamos de dados qualitativos para melhor avaliar. A questão é: quase metade dos entrevistados vê o governo de Dilma igual ao de Lula porque ela se aproxima das qualidades ou dos defeitos dele?

O eleitorado de Campina Grande nunca foi lá muito simpático a Dilma Rousseff, mas mesmo assim quase 50% dos campinenses a avaliam positivamente. Grosso modo podemos ver que os dados da pesquisa CNT/SENSUS tem alguma coerência com os números da pesquisa CAMPINA FM/GRUPO 6SIGMA. Em Campina a avaliação que se faz do governo Dilma não peca pelos exageros. Para os campinenses, é um governo que nem é maravilhoso, nem é péssimo. É, tão somente, normal.

Quando o assunto é o desempenho do governo Dilma, na média, vemos que existe uma avaliação positiva sobre o governo federal. E neste caso isso é uma vantagem. Como Dilma não deve querer, ou poder, vislumbrar sua permanência no governo para um 2º mandato, ela pode se dar ao luxo de governar sem olhar tanto para os números. Ou seja, ela pode ser uma governante que se permite dizer não vez por outra.