Na pesquisa CAMPINA FM/GRUPO
6SIGMA a administração do governo de Dilma Rousseff foi avaliada pelos
campinenses de uma maneira bastante realista, pois governar é o ato pelo qual
se faz opções e optar significa agradar a uns e desagradar a outros.
Dessa forma, 9.3% disseram que a
administração de Dilma é ótima e 38.5% disseram que é boa. 36.6% afirmaram que
é regular. 10.4% foram taxativos em dizer que ela é ruim e 5.2% que é péssima.
Ainda, 48.8% dos entrevistados disseram que votariam em um candidato apoiado
pela presidente.
No final da semana passada a
Confederação Nacional dos Transportes divulgou uma pesquisa encomendada ao
Instituto SENSUS. Ela afere os índices de aprovação do governo Dilma Rousseff e traz números sobre a eleição
presidencial de 2014.
Lembrando que estes dados apenas
desenham um, por enquanto pouco provável, cenário para 2014. É preciso ter
claro que Dilma pode nem vir a disputar sua reeleição. A possibilidade mais
clara neste momento é que Lula se candidate em 2014, já que ficou claro que
Dilma iria apenas cumprir o que poderia ter sido o 3º mandato consecutivo de
Lula.
Só um agravamento na saúde de
Lula o levaria a não concorrer em 2014. Desde que saiu da presidência Lula só
pensa em cuidar da saúde e tocar sua campanha para voltar ao governo federal em
01 de janeiro de 2015.
Voltando a pesquisa, vejamos um cenário em
que Dilma tentaria se reeleger presidente da República, disputando contra o
senador de Minas Gerais Aécio Neves e o governador de Pernambuco Eduardo
Campos. Cenário não de todo arbitrário, mas que parece não querer considerar
que José Serra só se candidatou a prefeito de São Paulo para retornar ao
cenário das eleições presidenciais de 2014.
Se a eleição presidencial fosse hoje,
Dilma venceria já no 1º turno. Isso mesmo, pela pesquisa CNT/SENSUS Dilma se
reelegeria com 59%. Aécio ficaria em 2º lugar com 14.8% e Eduardo campos em 3º
com 6.5%. Reproduzo estes números para que tenhamos
algum ponto de partida em nossas análises. Mas, 2014 está muito longe e ainda
temos as eleições municipais deste ano para alavancar ou enterrar pretensões
futuras.
Vejamos como anda aprovação do
governo federal. 56.6% dos entrevistados avaliam positivamente a administração
Dilma. 35.3% consideram regular e apenas 7% classificam como ruim ou péssima. Em agosto do ano passado Dilma tinha uma avaliação
positiva de 49.2% e uma negativa de 9.3%.
O caro ouvinte por acaso sabe o que acontecia
entre junho e agosto de 2011? Dilma fazia uma
verdadeira faxina em seus ministérios. Num espaço de quase três meses ela tocou
para fora de seu governo seis ministros acusados de corrupção.
Enquanto Lula fingiu não saber
que nas salas do 2º andar do Palácio do Planalto se tramava o “mensalão”, Dilma
intimou seus ministros corruptos a pedirem demissão. Eis aí uma considerável
diferença entre dois governantes que são, inclusive, do mesmo partido.
Quanto ao desempenho de Dilma,
75.7% dos entrevistados aprovam sua atuação e 17.3% desaprovam. Em agosto de
2011, 70.2% aprovavam o desempenho de Dilma e 13.5% reprovavam.
A pesquisa CNT/SENSUS ainda comparou os
governos Lula e Dilma. 48.9% dos entrevistados disseram que eles são iguais. Só
não se sabe se para o bem ou se para o mal. 34.6% disseram que o governo Dilma
é pior do que o de Lula. Mas, precisaríamos de dados qualitativos para melhor
avaliar. A questão é: quase metade dos
entrevistados vê o governo de Dilma igual ao de Lula porque ela se aproxima das
qualidades ou dos defeitos dele?
O eleitorado de Campina Grande
nunca foi lá muito simpático a Dilma Rousseff, mas mesmo assim quase 50% dos
campinenses a avaliam positivamente. Grosso modo podemos ver que os dados da
pesquisa CNT/SENSUS tem alguma coerência com os números da pesquisa CAMPINA
FM/GRUPO 6SIGMA. Em Campina a avaliação que se faz do governo Dilma não peca
pelos exageros. Para os campinenses, é um governo que nem é maravilhoso, nem é
péssimo. É, tão somente, normal.
Quando o assunto é o desempenho
do governo Dilma, na média, vemos que existe uma avaliação positiva sobre o
governo federal. E neste caso isso é uma vantagem. Como Dilma não deve querer,
ou poder, vislumbrar sua permanência no governo para um 2º mandato, ela pode se
dar ao luxo de governar sem olhar tanto para os números. Ou seja, ela pode ser
uma governante que se permite dizer não vez por outra.