quarta-feira, 8 de agosto de 2012

DE OLHO NO DIVULGACAND E NOS VEREADORES.




Diariamente eu visito o DIVULGACAND. É o sistema do Tribunal Superior Eleitoral onde se pode acompanhar o status das solicitações de registros de candidaturas a prefeito e vereador de todo o Brasil.

De acordo com a atualização das 21h32m de ontem (07/08) temos 559 candidatos a prefeito, 562 a vice-prefeito e 11.263 candidatos a vereador em toda a Paraíba. Isso significa que estes 12.384 políticos tiveram suas solicitações de registro de candidatura deferidas pela Justiça Eleitoral da Paraíba e que estão aptos a disputarem a eleição de outubro.

Podemos ver, também, que 45 candidatos a prefeito tiveram suas solicitações indeferidas. São as candidaturas tidas como inaptas para disputarem o pleito de outubro. Um exemplo é Luceninha Filho (PMDB), de Cabedelo, que foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Ele foi condenado por usar veículos da Câmara Municipal de Cabedelo em favor pessoal durante a campanha eleitoral de 2008. Outro exemplo é da prefeita de Pombal, Polyana Dutra (PT) que teve sua candidatura indeferida por que a justiça eleitoral entendeu que ela estaria concorrendo a um terceiro mandato consecutivo.

Um caso interessante é o de Bonito de Santa Fé que teve duas candidaturas a prefeito indeferidas. O motivo? As coligações de Sabino Dias (PSD) e Vanilton Holanda (PHS) não preencheram suas chapas proporcionais com 30% de candidaturas femininas. Assim Bonito de Santa Fé pode vir a ter eleição com uma única chapa. Aliás, de acordo com o DIVULGACAN, já temos 27 cidades com apenas um candidato a prefeito. É a democracia brasileira criando uma forma nova de diminuir a grande quantidade de candidatos – pela pura e simples eliminação.

Estes casos nos dão ideia de como a justiça eleitoral anda rigorosa. As candidaturas que não se apresentam rigorosamente dentro das especificações legais estam sendo indeferidas. Resta saber se isso é bom ou ruim. Será que este é o único procedimento para podermos ter melhores opções no momento de irmos às urnas?

Aqui em Campina Grande temos a chapa do PSOL impugnada. É que o vice de Sizenando Leal foi considerado inelegível por ausência de quitação eleitoral. Mas, isso não é problema. Sizenando já tem outro vice e deve receber o registro que permitirá que ele dispute a eleição.

Já a situação da coligação “Pra Campina Crescer em Paz” é mais delicada. O vice de Daniella Ribeiro, Perón Japiassú, é do PT que não integra a coligação de Daniella e tem a postulação própria de Alexandre Almeida. Daniella tem dito que não abre mão de ter o petista Perón em sua chapa. Na verdade, Daniella não quer é ficar sem os preciosos minutos que o PT lhe traria para o guia eleitoral.

Mas, como os humores dos juízes eleitorais não andam lá essas coisas, seria melhor Daniella arrumar outro (ou outra) vice o quanto antes. Se Daniella quer paz, como sempre diz, seria melhor esquecer o PT, que só pensa em guerra. Mas, vamos variar sobre o mesmo tema.

Quase todos os atuais vereadores de Campina Grande só pensam em se reeleger. E eu vou logo dizendo que tenho baixa expectativa acerca da taxa de renovação na Câmara Municipal para a próxima legislatura.

É que um vereador buscando a reeleição sabe bem o caminho das pedras. Sabe o que deve e o que não deve fazer. Já o novato carece de capital eleitoral, de informações privilegiadas e, em geral, de dinheiro para financiar sua campanha.

Em Campina Grande temos 16 vereadores. Mas a partir de 2013, vamos ter 23. O cenário mais provável é que algo em torno de 90% dos atuais vereadores se reelejam. Assim, estas 07 novas vagas devem ser alvo de disputa de algo em torno de 350 candidatos. Ou seja, quase 50 candidatos lutarão por uma única vaga na Câmara de Vereadores de Campina Grande.

E vejam que dos atuais 16 vereadores, 15 querem continuar na Câmara em 2013. O único que não vai tentar a reeleição é Fernando Carvalho (PT do B). Ele até quis ser candidato a prefeito, mas não sobreviveu ao período probatório das pré-candidaturas. Mas, Fernando não vai ficar ao relento, pois sua filha é candidata a vereadora, podendo até mesmo vir a ser vice na chapa de Daniella Ribeiro com a forçosa saída de Perón Japiassú.

O fato é que deve ser muito bom ser vereador, senão não seria algo tão disputado. A quem diga que ser vereador é melhor até do que vender gelo no deserto, com a diferença que o mandato de vereador não derrete diante do sol inclemente.