Citadino é um sujeito que mora em Campina Grande e
que acompanha de perto a política local. Ele faz questão de estar bem informado
das coisas da política de nossa cidade. Citadino acha que não está fazendo mais
do que sua obrigação. Para ele, o cidadão exerce sua cidadania, dentre outras
coisas, se colocando a par do que acontece na política do local onde vive.
Citadino é tão bem informado que sabe o nome dos 16
vereadores de Campina Grande e consegue avaliar a atuação deles e do prefeito. Ele
ouve diariamente o Jornal Integração e a Coluna Politicando, diz ele que é a
melhor maneira de estar bem informado. Citadino acompanhou passo-a-passo, desde
o começo do ano, o processo de formação das candidaturas e coligações que agora
disputam a eleição para prefeito de Campina Grande.
Mas, Citadino teve que se ausentar da cidade por quatro
meses. Estando bem distante, sem acesso a informação, ele não teve notícia
alguma das coisas da política local. No meio desta semana, Citadino desembarcou
na cidade e foi logo se informando das questões da política eleitoral. Voltou a
ouvir o Jornal Integração, a ler jornais e, claro, foi assistir a Propaganda
Eleitoral.
Citadino tomou um susto.
Não está entendendo nada. Ele me disse que quando saiu daqui às coisas estavam
de um jeito e que agora está tudo diferente. Eu vou
relatar as dúvidas de Citadino. Talvez elas possam ser as mesmas do caro
ouvinte. Talvez, Citadino não esteja com
dúvida nenhuma. Provavelmente, ele não está aceitando o rumo que as coisas
tomaram. Vejamos o que ele relata.
Citadino disse que não entende porque Alexandre
Almeida tanto elogia a administração do prefeito Veneziano e porque diz que é
do PT de Lula e Dilma, se eles já declararam que apoiam a candidatura de
Daniella Ribeiro. Eu disse a Citadino que
Alexandre elogia e defende a administração de Veneziano porque fez parte dela e
porque é próximo do Senador Vital Fº. Expliquei que Alexandre ganhou na Justiça
o direito de utilizar a imagem de Lula, Dilma e do PT.
Eu tentei explicar a confusão entre o PT e o PP e a
história do vice de Daniella. Que ouve uma briga judicial e Daniella teve que
mudar de vice e agora está proibida de fazer referências em seu guia ao PT, a
Lula e Dilma. Citadino acha que isso não faz sentido algum. Para ele Alexandre não
tem que ficar defendendo o prefeito que até trabalha para outra candidatura.
Tem mais é que defender seu projeto político.
Citadino também acha que se Lula e Dilma escolheram
apoiar a candidata do PP, devem deixar isso claro. E que o candidato do PT não
deve ficar apelando no guia para uma coisa que todos sabem que não é verdade.
Citadino não entende porque que no guia eleitoral
de Tatiana Medeiros quem mais aparece é o prefeito Veneziano e porque ela fala
mais das realizações da atual administração do que de sua plataforma de
governo. Citadino quer saber por que Tatiana aparece na TV com um jeito meio
apático, meio indiferente, como se ela não estivesse à vontade no papel de
candidata.
Outra dúvida de Citadino é porque candidatos dizem que
não são políticos, que são administradores. Ele acha que quem é candidato a um
cargo em uma instituição política é político. Simples assim!
Citadino também não entende porque Daniella Ribeiro
fala que quer trabalhar para Campina crescer em paz, mas interpela seus
adversários na justiça. Ele lembrou que o PP entrou com uma representação para
cortar falas do prefeito Veneziano no guia eleitoral de Tatiana Medeiros.
Citadino disse que ficou surpreso em ver que o vice
de Romero Rodrigues é filho de Ronaldo Cunha Lima e irmão do Senador Cássio.
Ele desconfia que a presença de Ronaldo Fº na chapa de Romero é para que a
população saiba qual das candidaturas é apoiada pela família Cunha Lima.
Citadino não entende porque Guilherme Almeida quis ser
candidato se a sua candidatura não decola. Ele acha que na campanha de
Guilherme tudo é muito ideal, tudo é muito verde, que faltam coisas mais
concretas.
As dúvidas de Citadino são tantas, umas
aparentemente fáceis de responder, outras de tão claras nem precisariam ser
respondidas, que eu disse a ele que continuasse a acompanhar o dia-a-dia da
política campinense e que tentasse tirar suas próprias conclusões.