O TSE definiu que os
partidos farão suas convenções entre os dias 10 e 30 de junho. Enquanto
estivermos homenageando SÃO JOÃO, eles estarão definindo com que roupa vão para
jogo eleitoral. Assim, faltam menos de dois meses para que saibamos quem é
candidato e a quê, com quem se coligará e quem não será candidato a prefeito,
mesmo insistindo em dizer que o é. Os castelos estam sendo construídos. Em
breve saberemos quais são os de areia e quais são os de uma argamassa sólida.
Mas, o primeiro castelo
já caiu. A pré-candidatura de Alexandre Almeida ruiu aos pés do pragmatismo
eleitoral de um PT que desconhece diferenças partidárias. PT e PP afirmam que a
aliança veio para ficar e que são alternativa aos grupos hegemônicos da Paraíba,
mesmo que já tenham se aliado a ambos os lados. Daniella será candidata à
prefeita e possivelmente um petista será seu vice. Pelo que consta, o
ex-vereador Peron Japiassú seria este nome.
Como o PT se mostra
receptivo às composições de toda cor, eu prefiro esperar mais um pouco. Como
analista eu não posso desconsidero algumas movimentações. Existem especulações que
levam Guilherme Almeida ao encontro de Daniella já no 1º turno, pois a candidatura
dele ainda não decolou para vôo solo. Existe a possibilidade de Guilherme vir a
ser vice de Daniella e o PT abocanharia algumas secretarias num, não
improvável, governo do PP.
Mas, seria pouco
inteligente da parte de Guilherme desperdiçar a chance de se mostrar numa campanha
de 1º turno para ir pavimentando projetos futuros. Claro está que suas chances
são remotas. Melhor seria compor desde já. Mas, vale deixar um bem avaliado
mandato de deputado estadual para ser vice-prefeito?
Romero Rodrigues dispõe
de boas alternativas do ponto de vista eleitoral, a exemplo dos vereadores Nelson
Gomes e Ivonete Ludgério. Estes dois nomes tem densidade eleitoral, mas não
suficiente para uma disputa voto-a-voto. Romero busca algo mais consistente. Fala-se
no Secretario de Interiorização, Fabio Maia, que não tem votos, mas traria o
decisivo apoio do governo estadual.
Essa composição
sedimentaria a aliança entre Ricardo Coutinho e Cássio Cunha Lima. Seria uma
retribuição pela ida de Rômulo Gouveia para a chapa de Ricardo. O que Romero
quer mesmo é ter Diogo Cunha Lima como vice. Uma indicação que atenderia a
demandas eleitorais, políticas e familiares, ou não, vamos aguardar.
Tatiana Medeiros foi à única
que anunciou já ter um vice. Trata-se de Bruno Roberto, filho do deputado
federal Wellington Roberto. O anúncio foi feito às pressas para desviar às
atenções do litígio de Veneziano com o PT. Foi uma tentativa de mostrar que a
candidatura de Tatiana é sólida.