O debate iniciou com os
dois candidatos tendo que responder quais as prioridades que o futuro prefeito
de Campina Grande deve ter a partir de 2013.
Romero Rodrigues disse
que se deve dar atenção especial as áreas de saúde, educação e infraestrutura
da cidade, detidamente a questão da limpeza pública. Disse que a infraestrutura
de Campina Grande é deficitária; que é preciso dar mais ênfase aos cuidados da
saúde básica e aos servidores da saúde campinenses. Ele iniciou com o discurso
de quem é oposicionista, fazendo críticas, mas foi comedido, como é de seu
estilo. Aproveitou para fazer propostas e promessas, para que não se tenha
dúvidas que é candidato.
Tatiana Medeiros iniciou
destacando a infraestrutura, em especial habitação e urbanização. Citou,
também, políticas de geração de emprego e renda. Sendo a candidata da situação,
Tatiana fez questão de dizer que iria mostrar o que vem sendo feito pelo
governo municipal. Foi por isso que ela elegeu como seu terceiro tema a questão
da ampliação das conquistas sociais da saúde e de educação acontecidas no
governo Veneziano. E não seria diferente, pois Tatiana está no governo Veneziano
desde 2005, e é exclusivamente por isso que ela é candidata a prefeita de Campina
Grande.
Eles demonstraram que
estam se preparando para a campanha. Trouxeram na ponta da língua os temas
propostos para a discussão. Os candidatos debateram abertamente e com respeito.
Não se pediu um único direito de resposta e o mediador (Arquimedes de Castro)
não intercedeu em nenhum momento.
Como seguiam
orientações da justiça eleitoral e de seus assessores, os candidatos evitaram
serem contundentes. Talvez isso os tenha deixado intimidados, mas nada que o
andamento da campanha não resolva. O debate serviu para deixar claro a
personalidade e o modo de agir de cada candidato. Romero segue a linha da
moderação. Tatiana é mais afeita ao enfrentamento. Inclusive, partiu dela as
ações e reações de enfrentamento. Mas, ela mesma foi moderada. Talvez pelo fato
de ainda não ter passado pelo crivo da convenção partidária.
Quanto à politica
pública de destinação de resíduos sólidos, como tratar, armazenar e reciclar o
lixo que se produz, os candidatos discordaram em um ponto apenas. Sobre a questão
do aterro sanitário de Puxinanã. Tatiana defendeu e Romero foi contra. Temos,
então, duas verdades. O eleitor decidirá em qual acreditar.
Mas, sobre a lei que
estabelece agosto como prazo final para que cada município tenha legislação
própria sobre o tema, os candidatos não falaram. Eles não tem claro como agir
para, se eleitos, implementarem a lei e agirem de um modo que ela possa ser
cumprida. Nos próximos debates isso deve ser explicitado por ambos os lados.
O debate teve o momento
“pegadinha”, quando Tatiana perguntou a Romero sobre a questão da logística
reversa dentro do plano nacional se resíduos sólidos. A estratégia é conhecida.
O candidato A traz uma pergunta técnica na esperança de que o candidato B
não saiba responder para que A aponte as fraquezas de B. Mesmo
gaguejando um pouco, Romero soube explicar o que é a tal logística reversa. Os
candidatos ainda vão entender que certas perguntas não são propositivas.